Recebi uma pequena visita do passado enquanto no mesmo instante atualizava nosso site do Multiply (é, eu fiz um site pra gente rs...) e não pude deixar de achar engraçado. Ao longo de todas as mudanças importantes na sua vida nos últimos dois anos você faz questão que eu veja e eu sempre me perguntei porque. Porque você precisa do meu voyerismo? Porque você precisa que eu saiba das novidades? E o que você tanto procura na minha página que não acha na sua vida? Afinal, você e as pessoas ao seu lado transbordam felicidade e aquilo que eu mais desejei pra você em todo o meu amor você já conseguiu: alguém para cuidar de você, te fazer bem, te fazer feliz.
Foi você que escolheu se afastar e escolheu o silêncio. Eu nunca entendi porquê, mas respeitei sua decisão. Não insisti, não te procurei, não me meti no meio da sua felicidade recém-conquistada. Sofri MUITO com a separação, fiquei muito doente, passei bastante tempo sem me permitir amar ninguém, e cumpri o que jurei a você. NUNCA mais vou amar alguém do jeito que eu amei você (obssessivo e doentio). Gostaria, talvez, de ter continuado sendo sua amiga, mas não foi possível. Sim, eu vejo as fotos, não por uma curiosidade mórbida, mas porque gosto de ver que você seguiu a sua vida e está feliz. E por achar engraçado e irônico que você faça TANTA questão assim de que eu veja. É tão previsível e tão infantil que eu acho até bonitinho. E PATÉTICO. Você se importa demais comigo. E, ironicamente, eu só lembro de você quando você se lembra de mim, rs...
Eu hoje amo um homem maravilhoso, de um jeito mais calmo e maduro, ainda assim intensa e apaixonadamente. E, sobretudo, SAUDÁVEL. Não posso dizer que vá durar, aprendi a não fazer planos pro futuro. Mas ele me faz bem, eu estou feliz, e quero ficar ao lado dele enquanto ele tiver saco de me aturar. Eu me permito amar novamente. Eu me permito ser feliz com ele. Mudanças acontecem na sua vida? Ótimo. Acontecem na minha também. Eu vou ser tia! E tenho planos muito legais para o final deste ano e o ano que vem. Vamos combinar uma coisa? Você pára de me stalkear semestralmente(e diz pro teu irmão parar também e ir cuidar da vida dele) e eu continuo ignorando que você existe e vou vivendo a minha vida.
domingo, outubro 30, 2005
Nos braços do meu amor hoje de manhã, conversando sobre a vida, me vi diante do dilema de Aquiles: Se eu pudesse escolher viver 10 anos em 1000 ou 1000 anos em 10, o que eu escolheria? Eu vivi uma vida intensa, intensamente boa e intensamente ruim, sempre entrecortada pelas crises de depressão. Se eu pudesse escolher viver uma vida calma, regrada, sem ter feito nada de diferente ou especial, mas livre da doença, o que eu faria? E me vi fazendo a escolha de Aquiles.
sábado, outubro 29, 2005
Estou passando pela pior crise desta doença maldita que me paraliza e me debilita nos últimos meses.
Mas uma coisa tem sido muito importante nesse período: Amor. O apoio que tenho recebido é a maior prova de amor que qualquer pessoa que já tenha passado na minha vida me deu. Esse menino que esteve a meu lado quando eu mais precisei me deu o presente mais bonito que já ganhei na minha vida: seu abraço.
É difícil também fazer família e amigos em geral entenderem que não estou doente porque QUERO, e que faço um esforço sobre-humano todos os dias para lutar contra isso. Lutar cansa, a incompreensão cansa, a solidão que advém dela cansa, o preconceito cansa. Mas eu sou teimosa e um dia vou ganhar a batalha. A única coisa que lamento é o tempo que a doença me rouba e o quanto de coisas que ela me impossibilita de fazer.
Eu estou melhorando aos poucos, um dia de cada vez. Desemprego, contas no banco implodidas, incapacidade de trabalhar, contas a pagar acumulando não ajudam sabe. Mas decidi cuidar de mim primeiro e consertar o que der pra consertar depois. Um pouquinho de cada vez, um dia de cada vez, eu sobrevivo.
E Beltane vem aí, meu sabá preferido :)
Mas uma coisa tem sido muito importante nesse período: Amor. O apoio que tenho recebido é a maior prova de amor que qualquer pessoa que já tenha passado na minha vida me deu. Esse menino que esteve a meu lado quando eu mais precisei me deu o presente mais bonito que já ganhei na minha vida: seu abraço.
É difícil também fazer família e amigos em geral entenderem que não estou doente porque QUERO, e que faço um esforço sobre-humano todos os dias para lutar contra isso. Lutar cansa, a incompreensão cansa, a solidão que advém dela cansa, o preconceito cansa. Mas eu sou teimosa e um dia vou ganhar a batalha. A única coisa que lamento é o tempo que a doença me rouba e o quanto de coisas que ela me impossibilita de fazer.
Eu estou melhorando aos poucos, um dia de cada vez. Desemprego, contas no banco implodidas, incapacidade de trabalhar, contas a pagar acumulando não ajudam sabe. Mas decidi cuidar de mim primeiro e consertar o que der pra consertar depois. Um pouquinho de cada vez, um dia de cada vez, eu sobrevivo.
E Beltane vem aí, meu sabá preferido :)
domingo, outubro 23, 2005
sexta-feira, outubro 21, 2005
I can't feel my hands. I can't feel my fingers. My body is so tired. I need help. Too proud to ask, too ashamed of being so fragile, I suffer in silence. But my eyes, oh my eyes that let anyone but you see that I am falling apart, I am crying loud inside, this infinite sadness, so big, so big, oh no there's a weight above me and the pressure is all too strong to breathe deep... Breathe long and hard to take the water down and go to sleep... To sink still further beneath the fatal wave... I think I'm drowning this sea is killing me. Inside. Please hold me. Please take care of me, for I am no longer strong to walk this path alone, and I am afraid of the darkness within me.
And still, in the middle of the hurricane, all that can be heard: the silence.
And still, in the middle of the hurricane, all that can be heard: the silence.
Oh sim, e descobri que as minhas digitais ficaram "comprometidas" pelo simples fato de que eu sou... uma dona de casa. E mãe. Quem diria que toda aquela louça e fraldas lavadas iriam detonar meus delicados dactilos... Talvez a culpa seja da combinação exótica de lavar alguma coisa, correr pra responder um "oh-ow" ou um "plurlumlum" no micro, voltar pra cozinha para tirar uma peça de roupa do molho...
Tsc... Quem lê isso até acredita que eu consegui passar tempo suficiente nos últimos 10 anos da minha vida fora de um escritório e perto de um tanque...
Tsc... Quem lê isso até acredita que eu consegui passar tempo suficiente nos últimos 10 anos da minha vida fora de um escritório e perto de um tanque...
sábado, outubro 15, 2005
Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas do rio correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se eu não arranco de mim esta tristeza imensa ela vai acabar comigo :(
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas do rio correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se eu não arranco de mim esta tristeza imensa ela vai acabar comigo :(
sexta-feira, outubro 14, 2005
As memórias que eu não tenho me desesperam.
As palavras que me fogem enquanto falo: a fala arrastada, cansaço.
E eu me pergunto onde foi que foi roubada de mim a menina que eu era.
É no espelho dos olhos alheios que eu vejo quantos pedaços perdi de mim mesma.
Não saber onde, nunca, estão: chave, óculos, chinelos, contas, cartões;
Não saber nunca o que eu ia dizer enquanto ainda digo.
Não lembrar nunca, a não ser que fira, marque, calque, tatue, destrua, deleite, arranhe, sangre.
Meu mundo de frases literárias e palavras espaçadas por silêncios.
O esforço de manter coeso o fio entre elas traz a dor de cabeça e a exaustão.
Quando foi que me tornei uma sombra de mim mesma?
Eu me apago, eu bruxuleio, eu entrecortada pela inconsciência, sou-não-sou por inteiro. Eu. Quem me ama desse jeito pode ver como eu era?
Tão fragilizada pela vida, por mais que eu tenha lutado, me esforçado, me batido, gritado, esperneado, o cansaço vence. A escuridão vence. Os espaço entre a existência vencem.
Intermitente. Fragmentada. Cada vez... mais... distantes... a velocidade do pensamento... e a fala...
É um movimento de volta ao autismo da infância talvez? O primeiro sinal de morte em vida? Ou apenas um cansaço imenso que me deixou marcada? Eu não sei. Só sei que me perco...
As palavras que me fogem enquanto falo: a fala arrastada, cansaço.
E eu me pergunto onde foi que foi roubada de mim a menina que eu era.
É no espelho dos olhos alheios que eu vejo quantos pedaços perdi de mim mesma.
Não saber onde, nunca, estão: chave, óculos, chinelos, contas, cartões;
Não saber nunca o que eu ia dizer enquanto ainda digo.
Não lembrar nunca, a não ser que fira, marque, calque, tatue, destrua, deleite, arranhe, sangre.
Meu mundo de frases literárias e palavras espaçadas por silêncios.
O esforço de manter coeso o fio entre elas traz a dor de cabeça e a exaustão.
Quando foi que me tornei uma sombra de mim mesma?
Eu me apago, eu bruxuleio, eu entrecortada pela inconsciência, sou-não-sou por inteiro. Eu. Quem me ama desse jeito pode ver como eu era?
Tão fragilizada pela vida, por mais que eu tenha lutado, me esforçado, me batido, gritado, esperneado, o cansaço vence. A escuridão vence. Os espaço entre a existência vencem.
Intermitente. Fragmentada. Cada vez... mais... distantes... a velocidade do pensamento... e a fala...
É um movimento de volta ao autismo da infância talvez? O primeiro sinal de morte em vida? Ou apenas um cansaço imenso que me deixou marcada? Eu não sei. Só sei que me perco...
De: Erlainn of the Fire Day
Para: Thor, Iansã, Zeus, Chac, Huya, Tlaloc, Inanna et alii
Ref.: Balneário Infernal
Caríssimos Deuses da CHUVA. Colaborem aí com a nossa causa aqui no Balneário Infernal. Nas últimas 3 vezes que saí na rua, mesmo usando camiseta, voltei para casa com as costas ARDENDO. E nem estamos no Verão. Esta sexta-feira está quente pra caralho. Até a brisa sopra abafada. Eu faço uma dança da chuva virtual procês, mas, por favor, dêem uma refrescada, vai? Tá foda. Daqui a pouco só vou poder sair na rua à noite ou serei obrigada a usar filtro solar para sair de casa.
Para: Thor, Iansã, Zeus, Chac, Huya, Tlaloc, Inanna et alii
Ref.: Balneário Infernal
Caríssimos Deuses da CHUVA. Colaborem aí com a nossa causa aqui no Balneário Infernal. Nas últimas 3 vezes que saí na rua, mesmo usando camiseta, voltei para casa com as costas ARDENDO. E nem estamos no Verão. Esta sexta-feira está quente pra caralho. Até a brisa sopra abafada. Eu faço uma dança da chuva virtual procês, mas, por favor, dêem uma refrescada, vai? Tá foda. Daqui a pouco só vou poder sair na rua à noite ou serei obrigada a usar filtro solar para sair de casa.
Rindo pra não chorar
Ser nerd demais começa a ter efeitos na minha vida prática. Precisarei refazer as digitais para a minha carteira de identidade. Pela TERCEIRA vez. Segundo o Detran, elas estão desgastadas. Como devo espancar teclados há mais ou menos uns 12 anos (sem contar a boa e velha Remington da minha infância), imagino que lá pelos 40 não tenha mais digital alguma. Só tem um furo nessa teoria, uma vez que o polegar e o indicador estão intactos e não tem dedo mais usado que o indicador... Enfim, mistério. Eles dizem que preciso conseguir um atestado com um dermatologista de que minhas digitais estão desgastadas. Enquanto isso, é re-re-fazê-las e rezar para a nova identidade ficar pronta antes que eu morra de fome.*
*Sem id não dá pra pegar o FGTS, sem FGTS não dá pra pagar contas, comprar comida etc etc etc.
Ser nerd demais começa a ter efeitos na minha vida prática. Precisarei refazer as digitais para a minha carteira de identidade. Pela TERCEIRA vez. Segundo o Detran, elas estão desgastadas. Como devo espancar teclados há mais ou menos uns 12 anos (sem contar a boa e velha Remington da minha infância), imagino que lá pelos 40 não tenha mais digital alguma. Só tem um furo nessa teoria, uma vez que o polegar e o indicador estão intactos e não tem dedo mais usado que o indicador... Enfim, mistério. Eles dizem que preciso conseguir um atestado com um dermatologista de que minhas digitais estão desgastadas. Enquanto isso, é re-re-fazê-las e rezar para a nova identidade ficar pronta antes que eu morra de fome.*
*Sem id não dá pra pegar o FGTS, sem FGTS não dá pra pagar contas, comprar comida etc etc etc.
sexta-feira, outubro 07, 2005
Tristeza. Dor. Solidão. TPM. Malditas pílulas que não fazem efeito. Trabalhando o dia inteiro na frente do micro. Meio culpada por estar longe do meu filho. Tentando não me culpar porque afinal, eu estou trabalhando na frente do micro. Devia me sentir como se estivesse no escritório. Seria mais fácil, mas nunca é. Angústia, carência, ligo ou não ligo. Tenho bons motivos para ambos. É a loucura roendo pelas bordas e tentano me impedir de prosseguir, é o Photoshop travando, o Fireworks e o Flash que não abrem e eu esperando o download das novas versões pra dar boot na máquina. Paralysed. Ligo ou não ligo? Beber com os amigos na GANP. Ir à festa do Pin me Up. Mas isso não é trabalho. Culpa, culpa, culpa. Solidão. Carência. Aquela velha e conhecida dor consumindo meu peito. Tomar um banho, dar uma volta, fumar um cigarro, ligar pro meu filho. Quero te ver, penso em você, quero beijar você longamente e dançar apertando teu corpo no meu. Quero dançar hoje, seja que música for, com ou sem você. Mas com você tudo seria melhor. 52% de download. Argh. Fumar um cigarro, procurar uma taça de vinho, dar uma volta. Instalar os programas, dar boot, voltar ao trabalho. Tem um gato preto dormindo na minha cama e lá fora está escurecendo.
E eu preciso sangrar logo.
E eu preciso sangrar logo.
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