segunda-feira, dezembro 29, 2003

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little boy
All I ever wanted
All I ever needed
Is to be in your arms

Words are very unnecessary
They can only do harm
Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable
All I ever wanted
All I ever needed
Is BEING in YOUR arms

Words are very unnecessary
They can only do harm


Enjoy the silence...
Sim, talvez.

domingo, dezembro 14, 2003

Vestido novo: $$$$ reais
Cabelereiro, manicure, pedicure: $$$$$ reais
Créditos para celular para confirmar presenças: $$ reais
Quatro horas sentada num bar com pai, mãe e um filho de 5 anos esperando à toa: um saco estourado, fora a conta do bar. Não tem preço...

Tem coisas que só ser ingênua faz com você. Para todas as outras, existe a REALIDADE.

Gostaria de agradecer sinceramente a todos os que NÃO foram no meu aniversário. O que inclui, realmente, TODOS os que convidei, INCLUSIVE os que confirmaram no dia, com uma única exceção. A ausência de todos vocês foi muito importante e sentida: eu me senti uma merda. Então o meu muito obrigada a todos vocês pelo excelente e divertido jantar de aniversário!

... e estou fechando as portas deste lugar. Finito. Adieu. A tout a l'heure. É o presente que ME dou de aniversário.

segunda-feira, dezembro 08, 2003

É, é certo que estou em crise. Nada a meu redor encaixa. Minha casa que é meu reino retrata a bagunça dentro de mim. E não consigo CRIAR nada também. Acho que estes dias em que nem os dias vermelhos vêm até mim e nada acontece são dias de intervalo. Como os dias em que Orlando permanece morto para depois surgir em nova forma. É minha esperança. Saber que em dias futuros voltarei a criar. Por enquanto, agonia e vazio. E falta de paciência com as coisas do mundo e suas demandas. É que sou romântica, e esse cálice do qual bebo traz um vinho amargo. Pode ser que crie mais e melhor quando espanar as cinzas do meu vestido.

terça-feira, dezembro 02, 2003

Puta que pariu... é hoje...



que carta legal pra se tirar... pourra...
I can't stop thinking...

Enquanto eu fico aqui esperando pela convergência de celular, câmera e palmtop em um só gadget, o que ñ deve demorar muito para acontecer, fico pensando em outras coisas que eram ficção científica e nas minhas próprias viagens na maionese quando criança que agora são reais... E eu fico pensando que a questão dos próximos anos, depois que a convergência for concluída, deve ser o aumento da qualidade de vida. Seguem abaixo algumas das minhas teorias preferidas sobre o assunto.

A própria convergência era um dos meus temas preferidos quando eu brincava de sci-fi kid. Um aparelho que fosse um mini-computador com video-fone e que também funcionasse como um cartão de crédito, autorizando compras por infra-vermelho em quiosques de compra parecidos com os atuais caixas automáticos de banco, que projetavam hologramas das roupas escolhidas (tá, ok, depois eu vi que isso já tinha sido usado nos X-Men rs...). Em casa esse aparelho controlarias as funções de diversos aparelhos, entre eles o que seria uma versão avançada de um home-theater... É divertido saber que estamos cada vez mais perto de realizar meu sonho de infância. Gostoso.

A outra questão que eu gastava horas pensando era o *transporte*. Ainda penso muito nisso. Como podemos estar evoluindo numa ponta e não ter nenhuma novidade significativa e fundamental na outra?


Atualmente é inacreditável que ainda vivamos um modelo de negócio onde os empregados tenham de se deslocar num trânsito cada vez pior, perdendo cada vez mais tempo para chegar a um único escritório centralizado sem nenhum motivo 100% coerente para isso. Qual a necessidade real de ter o empregado preso DENTRO do escritório de corpo presente? Com toda a empresa interligada por computadores e todos os funcionários se falando o tempo todo por e-mail e telefone? FRANCAMENTE. Pra que isso?

Porque eu ODEIO fundamentalmente uma das maiores distorções fruto do feminismo, utilizada à exaustão por mais de um macho que passou na minha vida, de que "vocês mulheres lutaram pelo direito de trabalhar então não quero saber de mulher minha à toa em casa", que na verdade é um machismo às avessas. Somos obrigadas a trabalhar, porque a mulher que fica em casa é ultrapassada, preguiçosa, mimada, atrasada, mais burra do que a que trabalha fora, alienada e outros elogios do gênero. Entrar no mercado de trabalho há muito deixou de ser direito e passou a ser dever. E ao encararmos uma jornada de trabalho tão rígida quanto a de nossos homens, criamos uma situação esdrúxula onde, no casamento atual, o homem e a mulher têm filhos mas quem cria é a empregada, a babá, a creche. Uma família despersonificada e ausente. É estúpido até a raiz dos cabelos. Eu sinto muita falta do meu filho. E também não acredito que ELES preferissem passar o dia inteiro enfiados no escritório se pudessem escolher. O erro fundamental não está em querer trabalhar, é em não termos aproveitado nossa entrada no mercado de trabalho para mostrarmos que é possível uma jornada flexível com produtividade. Não mudamos nada, apenas entramos no esquema que já existia e sentimos MUITO isso. Eu morro de saudades do meu filho. E não quero passar a vida inteira sabendo por terceiros o que está acontecendo com ele, estranha na minha própria casa.

A mobilidade TEM de chegar aos escritórios para finalmente recuperarmos nossa qualidade de vida. E nossas FAMÍLIAS.

É claro que tem muita gente que prefere territórios demarcados e a idéia de ficar disponível para o trabalho pelo celular ou de levar o notebook com o trabalho para casa incomoda, pelo fato de pulverizar o expediente. Mas eu, pelo menos, como designer e trabalhando com cinema, sempre falhei miseravelmente em trancar o trabalho num compartimento estanque do cérebro. Porque tudo ao meu redor tem design, e em todos os lugares ou tem um filme meu ou do meu concorrente, e não vou deixar de anotar uma idéia brilhante no meio da rua porque não estou no escritório. Ou mesmo de pensar numa planilha mais eficiente para o faturamento de publicidade, ora pipocas.

Outra coisa que já falei aqui é a questão do software como serviço e não como produto... A coisa mais irritante do universo é você chegar em algum lugar precisando abrir um arquivo e não ter o programa que você precisa ali... Aliás, empresas de softwares vetoriais normalmente são irritantes. Eu posso abrir um .jpg em qualquer programa de bitmap, seja ele Photoshop, Painter ou whatever. Eu posso abrir um .doc em quase qualquer processador de textos. Mas ai de mim se tiver um .cdr gerado em Corel10... Se não tiver uma cópia do software naquela máquina simplesmente não abro o arquivo.

Eu adoraria simplesmente numa ocasião dessas entrar na web, me logar no site da Corel e ter acesso ao Coreldraw online. Os arquivos seriam salvos na máquina do usuário, o programa ficaria no servidor e carregaria na máquina apenas pelo tempo do uso (mais ou menos como o próprio editor do blogger). Como as empresas lucrariam com isso? Simples. Ao invés de cobrar os TUBOS por versões em CD de seus softwares, elas cobrariam assinaturas pelo uso do serviço por um tempo X ou uma modalidade para débitos rápidos em casos como o acima, em que eu precisaria usar o soft uma ou duas vezes. Fora os banners etc, enfim, publicidade, ofertas e outros recursos clássicos de uma página web.
Porque parece que cada escolha de vida traz inserida em si uma amarra que te priva de algo que você adora fazer?

segunda-feira, dezembro 01, 2003

E embora pense muito em postar por aqui, eu ando evitando mesmo.

Porque não quero falar. Porque não quero sentir.
E não quero esquecer. E não quero lembrar.

Ando ocupada vivendo, simplesmente. E sentindo o que vivo. Como em Clarice Lispector, como Joana. A certeza de que dou para o mal. Perto do coração selvagem...

E ando sentindo falta. E observando minha vida mudar. Simples.

Talvez porque pela primeira vez em muito tempo eu não queira me expor. Ou expor o que compartilho. Eu ando me sentindo estranha. Destacada de mim mesma. não reconheço esta pessoa no espelho. A carne não toca a alma e a alma se resguarda, ao mesmo tempo em que estou consciente de cada gosto, toque, dor... Me sinto bela e feia ao mesmo tempo. Fragmentada. Artificial. Interpretando um personagem. Com medo de que não gostem de mim por qualquer coisinha... Mudando, enfim. Que os deuses me ajudem...
O moço bonito me emprestou uns livros foda.
Doña Misato me emprestou um que eu queria ler há muito tempo.
Eu fui na DDK.
I feel like empty.