domingo, setembro 23, 2001

Só pra dizer que eu não comentei sobre o assunto

A infâmia se propaga pela rede:

Subject: Fw: Rapidinhas - WTC



1- O que uma torre disse pra outra?
- BOEING !!!!

2- Como estah o site do pentagono?
- Site under construction !!!

3-Qual o novo slogan da American Airlines?
- Pegamos voce no seu escritorio !!!!

4- Qual o novo slogan (2) da United Airlines?
- Se voce perder o primeiro aviao, 18 minutos depois a gente te pega !!!

5-O que eh a ultima moda em NY?
- Chegar de aviao no escritorio !!!!!

segunda-feira, setembro 10, 2001


Tenham paciência e leiam tudinho que postei, vale pra semana toda :P

PROLIXA, como sempre.

Estou colecionando Andrés neste blog! Chegou mais um! Bem-vindo, André Correia. Boa sorte com sua futura agência!
E continuem lendo o blog do outro andré http://www.eletrokaos.blogspot.com/
E um beijo pro andré sumido, aliás, os dois sumidos...
Eh bien, deixa eu parar por aqui. Isso tá brega demais até pra mim.
Eternal

Eternal perdido em águas sem sentido
O que esperavas de mim, doce sonho?
O descaso de outrora agora avante ultraja
A poesia que faço sem demora nasce

Este mar sentido em águas perdidas
Que sonho de mim esperava, ó doce?
O avante agora descaso ultraja outrora
A demora que faço nasce poesia

Sentidos perdidos em águas eternas
Que doce espera sonhavas de mim?
O agora ultraja outrora: avante o descaso
O nascer demora a fazer-se poesia

94

O corretor ortográfico
Não sabe o que é poesia
O corretor gramatical
Não sabe o que cabe no poema
O assistente da máquina
Se oferece sem entender
Para transformar verso em prosa
Quão frio é o coração
Dos homens que criam a máquina!

8/01

Esses dois são pro meu grande amigo e professor Moacy Cirne, meu orientador na faculdade, que comemora o Balaio Incomum por estes dias comemora 15 ANOS DE BALAIO! Ele devia se chamar Balaio Invencível.

"O panfleto Balaio, xerografado, está completando hoje exatos 15 anos, com uma tiragem acumulada de 265.300 cópias em 1436 números. Já este Balaio Porret@, que agora se inicia (a ser atualizado aos sábados, com eventuais edições extras), pretende ser o ponto de partida para a futura págin@ do nosso jornalzine. Houve, inclusive, no decorrer de 2000, uma experiência inaugural através da desenhista Elaine Costa, ex-aluna de Comunicação da UFF. No momento, entendemos a presente “viagem” como uma panfletagem eletrônica, dentro do espírito libertário do próprio Balaio impresso, com sua libertinagem criadora, a favor da poesia e do imaginário em transe..." PARABÉNS FESSOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.
Pagan Man

Eyes like stars
Firing like a wolf’s
His skin smells like oak trees
And his lips taste like moon

He knows the ways of the forest
He knows the secrets of night
He’s child of the triple goddess
Would he be god to mine?

Will you cross my way
Make love with me
On the beltane’s fires
Pagan child, pagan man
Be the horned god to me

Dark long hair curls
Silver star shining
Over his beautiful body
He bears her blessing mark

He knows the dagger and the circle
He hears the song of ancient times
He feels the moon in his veins
Would he be the god in my arms?

Come and cross my way
Make love with me
On the beltane’s fires
Pagan child, pagan man
Be the horned god to me

Este é pagão mesmo... Dedicado a Dionísio, pourquoi pas?
This one is dedicated to the god Dioniso
I dedicate these ones to Jim Morrisom, wherever he is.
Este são para Jim, onde quer que ele tenha se escondido. Boas noites de luar são difíceis de encontrar.
The wake

In a hopeless night
Without moon in the sky
Singer found its way
Through the ancient party

She went with him
For unstoppable hours

He came to her, in undulating waves
And she told him mysteries
He said you’ve been looking
In the wrong direction
Any history starts here
And the other pages you drew
Are from a book already departed

She caressed him
For a little moment

Waning moon turns to new in the sky
It’s time to wake, pretty child
Dance through the night old songs
Sweet child, all alone, so lost
Where will you go?
If the night denies her mysteries
Will ya open to the world?
Would you risk body and soul
Just to not be alone?
Is it too much pain
To survive one more time?
Let the time pass by itself
Turn your back way home
Sit on computer and write a song
But she still asks for a miracle
In times she just doesn’t know
A stranger in the crowd
Depression, cigarettes, some cold
And if the answer is finally yes
Will you dare the next step
Just to run from loneliness?
For if I loose myself tonight
Will I ever find the edge again?
Am I doing it again
Loosing myself for someone to find?
I seek the poetry of night
On the lost poet’s eyes
But only find bodies with young empty minds
“Will you be to me king of night?”
Kings of night, princes for one time
Easing pain pills to trick loneliness
Meaningless histories just to kill time
Like keeping same old vices
Until the next morning rises
Brainwashed blog to satisfy the masses

Hoje eu acordei cedinho, tomei meu café da manhã bonitinho que era um pãozinho, uma mariola e um toddinho e depois fui tomar um banho gostoso pra ir para o meu trabalho. Lá fora os passarinhos piavam os carrinhos buzinavam e as crianças brincavam. Escovei meus dentões, coloquei meus óculos , peguei minha bolsinha e fui alegre e contente para minha rotina de professorinha primária. Um homem feio falou uma coisa feia para mim. Então delicadamente pedi a ele que fosse mais bem educado e segui meu caminho.

Se eu um dia começar a viver assim, me façam um favor: me matem!
Pô, diário virtual Não é coluninha de fofocas. Eu escrevo online o que eu escrevia offline, minhas viagens na maionese e tal. Escrevo pra mim e pra quem gosta do que eu escrevo, não pra ser analisada por um bando de gente ridícula querendo classificar o que sinto e o que penso em gênero, número e grau. Fizeram isso com meu amigo Nick, se fizessem comigo eu jogava uma bomba no site deles. Eu escrevo para mim e para os meus amigos, Nick, Sidney, Anders, Cirne, Aninha, os Henriques, a Cris, os Andrés, Antônio e agora talvez até o Koalinha (que não posso deixar de sacanear, engordou vinte quilos – vc achou os kilos que eu perdi, santa?). Daqui a pouco vou ter quase tantos leitores quanto o Agamenon Mendes Pedreira.
Hehe, estava pensando nas conseqüências de um dos meus posts.. tem gente que se vê o que eu escrevi sobre aquela sexta vai cair pra trás: ué, mas você fuma? Você bebe? Eu NUNCA vi vc fazendo nada disso... Logo Vc! Sim, é verdade. No dia a dia vc não vai me ver por aí com um cigarro na mão ou tomando chope no bar da esquina. A mãe do Gabriel não fuma nem bebe. Não é hipocrisia; é uma questão de escolha. Quando estou com meu filho, quero me dedicar integralmente a ele, de corpo e alma. Qualquer substância que interfira na minha percepção está fora do roteiro. Meu amor por ele é maior que qualquer egoísmo, e manter um vício perto de uma criança é o extremo do egoísmo. Outro ponto importante é que eu jamais me permiti viciar em nada: tenho ojeriza a qualquer coisa que me prenda. Isso inclui substâncias químicas. Não entendo gente que precisa fumar unzinho pra escrever, cheirar pra ter coragem, pra que usar muletas pra fazer o que qualquer pessoa pode fazer com um pouco mais de determinação? Fuga da realidade também é uma coisa idiota, vira bola de neve. Já fumei muito beck na faculdade, mas nunca quando estava deprimida e nunca quando sentia que precisava. Já cheguei ao chão por causa de depressão mas nunca afoguei minhas mágoas numa garrafa. Minha realidade podre eu sempre traduzi desesperadamente em desenho, prosa, música e verso. Nunca precisei de algo de fora pra viajar nas ondas mais loucas, minha loucura eu faço a partir do que está dentro de mim. Agora: odeio moralismo barato. Fiz minha escolha, mas me recuso a viver uma vida inodora, insípida e incolor. Não fumo, mas de vez em quando acendo um cigarro. Não bebo, mas de vez em quando tomo um vinhozinho. Vivo para meu filho, mas de vez em quando tiro uma noite para mim. Porque? Para me lembrar de que há vida além da minha vida, para sentir o que está além de mim, para aprender com meus erros e para me humanizar. Andar na linha tênue entre minhas escolhas, olhar para o abismo e sorrir para ele, saber que você poderia estar do outro lado do espelho. Ou talvez seja apenas meu gosto por contradizer o que as pessoas – incluindo eu mesma – pensam a meu respeito. Como no Quereres do Caetano.

Ah sim, e eu continuo me esforçando pra tentar achar um defeito e odiar a namorada do namorado. Ou pelo menos, achar um jeito de odiar a ele, mas quanto mais tento odiá-lo mais fundo eu caio... :-)

A página de abertura das minhas fotos e do Gabriel tá prontinha. Estou formatando as seqüências de fotos no Fireworks/Dreamweaver, mas agora é pra breve. Vou uploadear para ouvir opiniões, antes de colocar os links.
Estive pensando no que um amigo disse ontem após ler as besteiras que posto... E de novo Admirável Mundo Novo me vem à baila... A famosa cena em que uma ilha era oferecida às pessoas que gostavam de “pensar diferente”, onde se encontraria tudo que eles necessitavam. Huxley teria pensado em Avalon, na Ilha dos Bem-Aventurados, o “céu” dos católicos, qual delas? Todas? Comum a todas é a idéia de “provas” terrenas preparando o caráter do “herói” para ir viver num lugarzinho melhor, perfeito, livre de todas as suas penas, recompensado por todas as aporrinhações que teve nesta vida. De qualquer forma, “rebeldia” na Internet soa mesmo como um novo tipo de conformismo, uma fuga da realidade. A verdade é que, no dia-a-dia, isso não me satisfaz nem me consola. Estou longe, muito longe disso. Gostaria de ser, não sou, sinto muito. Não consigo me conceber abandonando uma noite de lua para ficar horas teclando na frente do computador ou deixar de sentir o calor do sol. Esses pequenos idílios me fazem sentir viva. A vida passa muito depressa e a minha é solitária por excelência. Nascemos sós e morremos sós, verdade, ninguém pode penetrar nossas mentes e nossas almas. Mas talvez alguns dentre nós se sintam mais solitários que os outros. Andei procurando os consolos que a sociedade oferece a gente como eu, de bom grado, até. Mas não encontrei até agora lugares onde as pessoas tocassem no que vai na alma. São lugares para ajudar as pessoas a olharem para a superfície dos erros que cometem, o que busco é algo que possa curar a ferida feita a punhal em minha alma. E normalmente as pessoas têm um véu sobre os olhos, talvez até por questão de sobrevivência, fazendo com que seus problemas as tornem cegas e egoístas: “o meu problema é o pior do mundo; todo mundo têm problemas”, frases que me irritam. Conheci pessoas que achavam que uma dor de cabeça que sentissem era mais grave do que a dor que você sentia após ter perdido um filho. Egoísmo, quando não é questão de preservação, me irrita profundamente. Só que isto vem da mesma mente que acha que viver uma vida se privando e cedendo sempre aos outros é uma merda. Ah, minhas pequenas contradições. E volto a dizer que melhor do que equilíbrio, a resposta para estas questões é sincronicidade.

Andei pensando naquela história das ovelhas. Por isso que política no Brasil é esta merda. Numa sociedade em que os únicos líderes que são ouvidos ensinam às massas populares que elas devem gostar de ser “ovelhas” pois só sendo comandadas por alguém (mesmo que seja Jeová ou Jesus ou o pastor bonitão, afinal pastor é um padre que come sem transformar ninguém em mula-sem-cabeça, muito mais apetecível) elas podem querer ser felizes e almejar o reino dos céus... Quanto mais aumenta o número de comandados por essa turma, mais despontam candidatos políticos evangélicos. Com um argumento como esse, com uma massa de miseráveis dizendo “amém” às suas lavagens cerebrais diárias, eles até eu estão demorando. Até agora só elegeram um governador (que eu saiba, não sei de outros estados). O que vai ser quando eles finalmente conseguirem conquistar toda a massa de miseráveis, desesperados e oprimidos? Muitos espertos já se “converteram”, porque sabem que o futuro está ali. Até já posso ver uma nova Inquisição, em Maricá uma vez disseram ao “rapaz bonzinho que ajudava com as bolsas” sem saber quem ele era (meu ex)que iriam se reunir para exorcizar a “casa do diabo” que tinha o símbolo do demônio (um pentagrama) sobre o batente da porta (por acaso a nossa casa). Dois ou três mais agressivos já vieram ME perguntar se eu sabia o que era a estrela que EU carrego no peito. EU me pergunto se essas pobres ovelhas sabem que as coisas nesta vida vão além das vendas que elas colocaram nos olhos por vontade(?) própria. Mas há dias em que fico preocupada: já vi gente inteligente, capaz de raciocínio, de repente ao se tocar numa palavrinha mágica (digamos, uma discussão sobre a Bíblia) simplesmente deixar de raciocinar, de EXISTIR e dar lugar a um discurso inflamado e fanático que não parece sequer estar saindo de sua boca; essas pessoas viram uma espécie de autômatos, “possuídos” por uma programação mental fortíssima, repetindo a ferro e fogo palavras que já ouvi saírem iguais, exatas, nas mesmas palavras, das bocas de outros “crentes”. E eu, que sou louca assumida, conheço melhor do que ninguém aquele brilho sinistro no olhar deles, aquela fúria, que sempre me assusta. Nessas horas as “ovelhas” viram soldados de Cristo. O que esses caras estão planejando? Já não basta perpetuar preconceitos e tabus. Algo ainda vai acontecer.

Aí direis: mas e você? Você não é a mesma que vai lá, dançar nas boates com eles a música alienante de letras imbecis? Sim, mas eu uso a música das ovelhas para fazer mágica, seu espaço profano para promover minha katabasis. Além do mais, não é privilégio dos lobos beijar bem. Eu fico com ovelhas, sim, por vezes até vou para a cama com elas, só que elas não sabem se despir de seus preconceitos e dos seus medos. Agora, amar e namorar de verdade, não apenas me apaixonar por achar bonitinho e ficar junto por um tempo, só consigo realmente pelos lobos. É que limitações me irritam. Até aí, conheci lobos que no fundo queriam ser ovelhas. Hehe, talvez fossem apenas ovelhas revoltadas. Ovelhas em pele de lobo, há! Mas existem.

Às vezes me sinto como na história do Patinho Feio, só que numa versão mais psicodélica. Eu fui criada ouvindo de crianças no colégio em que estudei que eu era maluca por ser inteligente demais. Eu era uma coisinha dentuça, de óculos (que eram constantemente quebrados pelos meus “amiguinhos”), rabo de cavalo (não gostava de pentear o cabelo desde pequena) e roupas maiores do que o meu tamanho, “pra economizar porque criança cresce rápido”(deve ser por isso que fico com raiva quando dão roupas pro meu filho para uma criança com o dobro da idade dele, trauma :-)). Hoje sou considerada não apenas inteligente, como descobri que posso ser bonita. Ainda lembro dos meus quinze anos, quando empombei com a minha mãe querendo comprar a centésima calça semi-bag para o colégio e comprei uma jeans justíssima, do tipo que mostra até a marca da calcinha na bunda. Passei a andar sem os óculos também, já querendo trocá-los por lentes. E de batom. O pessoal no colégio caiu pra trás. Eu me lembro, divertida, disso até hoje. Foi estranhíssimo! Os meninos, que até então costumavam me seguir pra gritar que eu era maluca passaram a me seguir porque descobriram que eu tinha bunda :-)

Uma das coisas que me entedia hoje em dia é que os filhos dos homens que deitaram com Leila Diniz são tão ou mais preconceituosos que os homens daquela época. Fizeram a revolução sexual para minha geração conhecer o sexo com camisinha, mas as cabecinhas (de cima) continuam com mentalidade de idade das pedras. (A de baixo continua se metendo em qualquer coisa que aparece na frente, desde que seja úmida e quentinha) Parece que vivemos no seriado Caras e Caretas, só que os Caretas hoje se fazem de “cool”. Não importa a maquiagem que eles vestem, se são maconheiros hippies ou mauricinhos evangélicos, no fundo todos pensam igual a seus avós. Ugh.

Dúvida cruel: Ipanema ou Monjolos? Marisa Monte ou “Entornáveis”? Por via da dúvidas, e embora Ipanema não seja Botafogo, pra ambos os lugares não levarei celular, documento ou bolsa, muito mal o dinheiro da passagem. Sabe lá? Viver sem o tijolão da Ericsson já foi difícil, como vou viver sem o meu Talkabout lindinho?

Aparentar futilidade é um dos melhores disfarces para a subversão.

Falar em camisinha, taí uma coisa que me irrita com a invenção da AIDS: a obrigatoriedade que minha geração sente em usar camisinha. O contato mais íntimo que possa existir entre dois seres humanos, na verdade é roubado. Sua pele na minha, sua semente no meu corpo, pode me matar. E logo eu, que sou “bicho dadeiro”, fui nascer pra ser mulher depois da década de 90... Claro que não quero me matar em troca de um pouco de prazer a mais, mas bem que podiam liberar logo a cura pra essa doença maldita ao invés de ficarem aí, fazendo jogo de que não existe cura pra lucrar mais com isso... Remédio caro, controle de natalidade, um certo tom dramático, controle dos hábitos sexuais de toda uma população, verba para pesquisas medicinais... Realmente é lucrativo demais para liberarem a cura, não? Os heróis do Cazuza morreram de overdose, os meus, alguém soropositivo bem posicionado matou. Pagamos o preço de nossa fragilidade, de nossa solidão. Somos tão fáceis de manipular...


Engraçado, ultimamente Acima do Sol do Skank parece que tem sido escrita pra mim. História da minha vida. Mas será que existe alguém assim?

Alguém aí lembra de um filme com a Goldie Hawn e o Stevie Martin em que ela vive uma mentirosa contumaz que simplesmente decide ir morar na casa que ele construiu para a mulher com quem queria se casar e ele se vê envolvido com todas aquelas mentiras, mas acaba se apaixonando e pra provar que a ama, quando ela vai embora, ele começa a mentir também para ficar com ela? Eu vivi sete anos assim, sem saber o que era real ou inventado na pessoa com quem eu vivi. Onde começava o homem, onde terminava o escritor? Chegou a um ponto em que até mesmo a maneira com que ele me traiu virou mais uma história, sem se distinguir os detalhes reais e imaginários. Porque não se pode apenas pegar a realidade nua e crua e contá-la de forma interessante? Uma vez ele começou a contar um fato que eu tinha presenciado, com detalhes absurdos, e ainda pediu minha confirmação. Sorri amarelo. Porque inventar, se a história era legal? Será que ele um dia soube que muitos amigos dele riam pelas costas dos detalhes inventados de suas histórias, que consideravam aquilo coisa de quem está desesperado pra chamar a atenção? Irônico, porque se eu falasse sobre isso, ele diria que saiu da minha boca. Irônico, porque ele dizia que EU era louca pra chamar a atenção. Toda vez que ainda ouço alguém falar isso, me parte o coração. Ah, será que essas coisas um dia vão mudar?
Será que EU vou conseguir me transformar em alguém melhor?

domingo, setembro 02, 2001

Tb tem muitas pessoas escrevendo em blogs "de grupo", que cada vez mais parecem com listas de discussão. Até aí, mais uma pro museu de grandes novidades: a galera está fazendo hoje por e-mail e blog a mesmíssima coisa que a galera dos tempos de BBS fazia com seus "newsgroups". Engraçado pensar que o pessoal q entrou depois do "boom" da popularização dos micros como distração para a classe média (videogames de luxo ao invés de ferramentas de trb) nem sabe o que é a USENET. A única vantagem das novas listas é se adaptar a protocolos já consagrados e dispensar o velho protocolo "news", tornando a coisa mais abrangente...
Estou assustada com a quantidade de pessoas que conheço que escrevem mais de um blog. Eu não consigo me conceber trb que nem uma louca, cuidando do GAbriel, mantendo uma HP, lendo cerca de 600 mails por dia e ainda escrevendo em 3 blogs! Até aí, depois que meu telefone chegar, é bem capaz disto acontecer... Afinal, dormir pra quê, né?
Desisti de me organizar. O caos faz mesmo parte da minha vida. Ruim pra quem convive comigo :-)
Até aí, cada vez mais percebo que a solução para o caos não é seu contraponto, a ordem, e sim sincronicidade. Sincronizar acontecimentos caóticos, esta é a chave.
Este blog se assume definitivamente coom um blog mala, fruto de uma pessoa completamente mala. Sem alça. E tenho dito!
Sou eu ou de repente em todo lugar que ue vou esbarro em alguém pagão?
Pior que perdi meu pentagrama hoje, no mercado... Será que alguma alma caridosa vai entregá-lo nos achados e perdidos? odeio isso, me sinto nua sem ele. Não que nudez seja realmente um problema ou que eu me sinta menos pagã sem ele, mas eu adorava aquele pentagrama e estou me sentindo esquisita...
Estive relendo meus posts e acho que ando muito chata. Vamos voltar aos posts divertidos de sempre. Ando me levando muito a sério