Oh yes... Estou down, tão down que é difícil de acreditar pra quem me viu nos últimos posts voando em nuvens cor de rosa... De volta ao bom e velho BDM.... Black Depression Mood... Ela vem aos poucos, sorrateiramente, extendendo seus tentáculos doces e amargos como ópio, pronta para enlaçar seu coração e se insinuar na sua alma, como as gavinhas de uma parreira de raízes fortes, que a cada ano você poda mas volta a crescer... Estou dançando outra vez a dança de madrugadas insones e ansiosas, sob os raios prateados de uma bela lua que entra no meu sangue mas não me consola... Percorro no escuro apenas iluminado pelos raios que vêm pelas frestas da janela esta casa vazia, malas feitas para um destino incerto, vestida apenas de tristeza e luar...
O que acontece é a vontade intrínseca e desesperadora de mudar minha vida de forma completa, total e aniquiladora... Mudar tudo, não deixar pedra sobre pedra... O cansaço de ser quem sou, de levar esta existência medíocre, das coisinhas do dia a dia, os limites entre o exílio voluntário para se dar um tempo e o medo aterrorizado de criar raízes, de me acostumar, de não conseguir me arrancar daqui quando a hora chegar... Ou que a hora nunca chegue - sei bem que sou eu quem faz a hora - de simplesmente o tempo passar por mim e eu ainda estar aqui...
Acho que estou cansada de ser crisálida... Quero ser borboleta!!! Mas tenho medo de deixar o casulo, o conforto, o apego, sei lá... do conhecido, de deixar o chão e me jogar... O que é rídículo, afinal sempre me atirei sem medir conseqüências nas minhas aventuras... Será que esse instinto de auto-preservação é sinal de que estou ficando mais velha? Ou ele está apenas me engessando e travando no lugar e me impedindo de voar???
Oh yes... I'm down, so down that who saw me on the last posts flying between pink clouds would find it hard to believe... I'm back to the good old BDM.... Black Depression Mood... It comes crawling slowly, extending its tentacles, bitter and sweet like opium, ready to enlace my heart again and to insinuate itself into my soul, like a vine with strong roots, that each year you're pruning but grows again... I'm dancing again the dance of unsleeping dawns and anxiety, under the silver-plated rays of a beautiful moon that enters in my blood but does not console me... I wander in the dark illuminated only by the rays coming from the openings of the windows on this empty house, luggages made for an uncertain destination, dressed only with sadness and moonlight... What happens is the intrinsic and despairing need to change my life in a complete, total and anihilating way... To change everything, not leaving rock over rock... The fatigue of being who I am, living this mediocre existence, of day by day little things, the limits between the voluntary exile to give a break to yourself and the unspeakable fear of creating roots, of not being able to pull myself out when the time comes... Or that the hour never arrives - I know I gotta make the right hour - of simply letting the time pass by and look, I'm still fucking here... I am tired of being a "pupa"... I want to be the butterfly! But I have fear to leave the cocoon, the comfort, dunno... of just throw myself off the window and learn to fly... That's astonishing, after all I always threw myself without measuring consequences in my adventures... This instinct of auto-preservation may be just a sign, am I becoming older? Or it is only plastering and stopping me in the place and hindering me to fly???