quarta-feira, setembro 14, 2005

Insomnia

Meus olhos ardem e com eles
Todo meu ser se consome
Sem descanso, na tua ausência
Meus braços erguem-se para o vazio
E te buscam sofregamente
Sem teu corpo não há paz
que vele minhas pálpebras
Tentando tocar tua face
meus dedos acariciam o éter
Sequiosos, meus lábios perseguem
A volúpia do teu beijo
Há tortura na memória do corpo
que falta a este leito
E eu inteira me dissolveria no vácuo
para despertar em seus amados braços
Pois sem seu acalanto, querido
Não repouso nem adormeço