Sim, acho interessante, de acordo com o uso que uma obra vai ter, de se pedir permissão ao autor de determinada obra para se utilizar elementos da mesma num trabalho. Complicado seria você pedir permissão a editora de uma revista, o fotógrafo que fez as fotos do editorial de moda daquela revista, para fazer uma colagem a partir dela (imagine vinte revistas de editoras variadas, cada qual com seu fotógrafo... argh!) pra aula do seu filho. Mas fazer uma tira em quadrinhos em homenagem a um personagem de outra tira, implica mais em fazer um convite à leitura da tira pelo autor da obra homenageada que pedir explicitamente sua permissão para utilizar o personagem (de acordo com o caso). Com os e-mails pedir permissão ficou mais fácil e menos dolorido (demorado), você tem mais liberdade para interagir com os autores da obra que se pretende utilizar eliminando os intermediários (gravadoras, editoras, etc) e deixando os autores mais livres para decidir sobre como expor suas obras. Se eu criei uma música baseada na minha filmadora não quer dizer que eu não seja autora da minha música só porque ela foi construída por computador, mas também não quer dizer que eu gostaria de ver todo mundo fazendo igual. Mas sim, eu gostaria de ver alguém pegando a filmadora, o computador e fazendo diferente, fazendo melhor. Porque não?
E até onde sei, o tal “estilo pessoal do autor”, após o boom de possibilidades de reprodução de uma obra na indústria “de massa” (hmmm, odeio esse termo), é o fator que mais agrega valor a uma obra atualmente. A “assinatura” conta, mais do que nunca.