O meu reveillon foi dez... e essa virada está me trazendo a oportunidade de enxergar a vida de nvos ângulos... Quarta-feira voltei das férias com a "psi" e falei pra ela q tinha passado os últimos dias do ano trancada na casa da minha tia em Minas (chovia cântaros) e refletindo sobre minha vidinha... O principal insight (o foda dos insights é que para quem está de fora eles sempre parecem óbvios, mas são conclusões sobre sua vida q vc pode passar a vida inteira sem ter como ver) foi que, a minha vida inteira, eu acreditei que PORQUE ALGUÉM DIZIA QUE ME AMAVA TUDO O QUE ESSA PESSOA FALAVA PARA MIM DEVERIA SER VERDADE. Isso quer dizer que, se você me detonasse mas eu amasse você eu ficava sem defesas e acreditava que o que você estava falando era para o meu bem, mesmo que isso não correspondesse à realidade. Isso me levou a uma vida desgraçadamente deprimente e até a tentativas de suicídio. Como posso ter levado anos para entender que a realidade pode ser independente do que as pessoas que amamos nos impõem como sendo a única verdade? E que uma pessoa pode te machucar radicalmente acreditando naquilo que ela fala, e pior, que aquilo que ela fala é para o seu bem? É chato, difícil e doloroso de admitir que nossas realidades pessoais não devem ser calcadas naquilo que as pessoas que amamos e me quem confiamos, a quem entregamos nossos sentimentos, dizem ou fazem. Temos uma tendência inata a tomar o que eles dizem como verdades absolutas, até porque o amor é cego, surdo e burro.
Isso nos leva a um desafio: superar o medo de me entregar e gostar de uma pessoa e incorrer no mesmo erro E aprender a amar de uma forma completamente nova, mas madura, sem perder no entanto o frescor e o tesão. Eu acho que é um bom desafio. DIFÍCIL mas interessante.