quarta-feira, julho 13, 2005

Sexta-feira.

Chovia. Estava frio. Apenas uma amizade muito antiga poderia me fazer correr para pegar meu filho na escola e encarar um engarrafamento até São Gonçalo. Coisa assim de... Quase 25 anos de amizade. Por algo assim, tudo vale a pena.

Chegamos ao SESC. O evento fervia as gotas de chuva que ousavam tocar o lugar onde se homenageava o Rei Lagarto com vinho e poesia.

Let's swim to the moon, uh huh
Let's climb through the tide
It's our turn to try
Parked beside the ocean
On our moonlight drive...


E ela vem, sobe no palco. Um sobretudo encobre o segredo. O segredo se desnuda em Fogo. Fogosa ela é, por direito. Vestido amarelo e os ombros descobertos, a força de Iansã, vestida com as cores de Oxum. Ela vem, para não deixar pedra sobre pedra. E suas palavras hipnotizam a platéia. Ela brinca com eles, os leva para onde bem quer, rainha das fêmeas, majestosa, poderosa, única. Uma chama bruxuleante e brincalhona no meio de um evento normalmente regido pelas sombras baudelairianas mal iluminadas pelas velas da Taverna. Ela explode no palco e captura os corações ao seu redor, um a um, falando do que conhece melhor: SEXO. Quando tudo termina, as palmas explodem. Ela entrega o palco nas mãos do êmulo do Rei Lagarto.

The crystal ship is being filled.
A thousand girls. A thousand thrills.
A million ways to spend your time.
When we get back,
I'll drop a line...


Uma justa homenagem, tio Jim, a suas orgias báquicas no palco. Amém, Fogosa. Amém!