terça-feira, setembro 30, 2003

Bookmarks do dia

As Dez tribos perdidas - ensaio sobre a influência do judaísmo em culturas ao redor do mundo

Maniqueísmo

'cos there's a wholla world out there to discover
Antes que o dia comece, a vida comece, as pessoas comecem deixe-me ainda ser embalada pelo perfume da noite que não saiu das minhas mãos e do meu corpo mesmo após um banho demorado... Estou aqui, achando engraçado, deixando seu perfume marcar meu teclado... Preguiçosamente não querendo afastar essa lembrança boa de mim. Será que você sabe o quanto estar a seu lado faz diferença na minha vida? Será que você desconfia que eu ainda me pego olhando você com olhos de quem não acredita, que nunca pensou que estaria a seu lado desse jeito e de repente, você, ali, a meu lado, na minha cama... Você me faz bem. Gosto mais de mim quando estou com você. E agora que a vida me leva por seus descaminhos diários deixa eu tratar de guardar a memória da noite quietinha no meu coração. O perfume continua no meu teclado e eu preguiçosamente espero que permaneça aqui, me fazendo companhia.

sexta-feira, setembro 26, 2003

Eu acho que um dos meus grandes problemas é ser sensível demais, num nível muito mais idiotamente profundo que a maioria das pessoas. É como se fosse uma espécie de hemofilia emocional. Eu não tenho defesas.

A maioria das pessoas se corta, sente alguma dor, sai algum sangue, coagula, cicatriza e pronto. Um hemofílico pode sangrar até morrer. Eu sou mais ou menos assim: um tapa na cara, um corte na alma bastam para me arrancar do estado fugaz de estabilidade que persigo tão tenazmente e me fazer mergulhar de novo, lutando contra o velho nó na garganta, no meu estado depressivo corriqueiro... olá dona melancolia, como tem passado? Mal? Eu também. Vamos dar a mão e passear pelas sombras, nos isolar do mundo e finalmente, quando não for mais possível aguentar, lutar contra aquelas duas lágrimas doloridas e o choro abafado no travesseiro, na escuridão do quarto e na incandescência impiedosa dos pensamentos.

Mas há sempre um dia seguinte, e eu luto para vencer a manhã típica que qualquer pessoa depressiva conhece bem, ao longo do dia cuido da minha vida, luto contra a dispersão, tento criar, tento trabalhar, tento amar e esquecer a noite anterior. Posso mesmo ter uma sequência de dois a três dias de uma rotina razoavelmente estável, e até ter esperanças de conseguir viver assim. Faço planos. Até que algo acontece (sempre algo acontece!) que não aparenta ter nenhuma importância para as outras pessoas envolvidas, mas que me arrasa por dentro até o ponto mais profundo da minha alma.

A minha notória incompetência no trato com o outro somada à minha sensibilidade exarcebada garante que o meu humor oscile mais ao longo do dia que a cotação da bolsa... Vivo na eterna armadilha de estar presa entre duas situações: ou fico em casa e me isolo do mundo, mas acabo enlouquecendo por perder a independência e pelo excesso de solidão, ou saio na rua e vou à luta tentando desviar das porradas ou me forçando a fazer o que esperam de mim. Tudo que sei é que me debater nessa teia por tantos anos só me tem feito ficar a cada dia que passa mais cansada e tenho descoberto, para meu desgosto, que estou ficando um pouco amarga com a idade. Mas paciência. Preciso acreditar que faz parte da vida. Não vejo outra escolha na minha frente.
Yay! Acabei de receber um convite da Trina Robbins para escrever uma
matéria sobre mulheres e quadrinhos no Brasil para a newsletter do
Friends of Lulu...

terça-feira, setembro 23, 2003

Ihhhhhh! Lêiautchi novo! Será que agora vai? Ah sim, eu amo esse rapaz. Etc, etc. lol.
Sobre ontem à noite

Within your eyes, I'll kiss the stars within your eyes...

Acho que estou apaixonada por você. Na minha lembrança o mel profundo dos teus olhos, que se esconde discretamente por trás dos óculos e se revela para mim nos momentos de intimidade...
A cor única dos teus lábios e o gosto do teu beijo, ai, como me fazem falta nos dias em que estou do teu lado.
Esses momentos raros que passo embevecidamente te olhando, cada detalhe do teu rosto, do teu corpo, tentando trazer você para dentro de mim.
Ai, essas noites sem você em que adormeço apenas quando sinto o perfume dos teus cabelos no meu travesseiro...
Amo teu jeito tímido, que me intriga e me instiga. Amo brincar com teus dedos longos e belos. Amo tua inteligência rara e deitar minha cabeça em teu peito para escutar tuas histórias... Amo o cavalheirismo e o respeito.
E amo o simples fato de você me fazer tão bem e trazer o melhor de mim à tona quando estou a teu lado. Por você simplesmente ser quem você é e pela beleza única desse sentimento novo, tranquilo, estranho e puro que ter você a meu lado fez nascer dentro de mim, pela constatação de que cada encontro traz para mim a certeza feliz de que sou sua e de que quero passar o tempo da minha vida a seu lado, eu te amo. Do jeito que palavras falham para demonstrar mas que transborda em olhares e gestos. E devo me confessar muito, mas muuuuuito apaixonada.

***escrevi isso há algum tempo atrás, e a caminho dos seis meses de namoro continuo com a mesma cara de boba dos primeiros dias... e adorando! ; )
Ode ao dois de paus

plagiafraseando Chico Buarque, "não se afobe não que nada é pra já, futuras amantes quiçá te amarão sem saber do amor que eu um dia deixei pra você". E até lá vamos viver, temos muito ainda por fazer, apenas começamos.

palavras ao vento ; )
É... resolvi colocar outro sistema de stats mais decente, o
Bravenet anda muito feio, bobo, chato e mau. Só não tiro ele porque bem ou mal, nunca pensei que um dia ia ver essa página despretensiosa chegar às 8000 visitas...
Eu sofro de síndrome de Julia Roberts no "Casamento do Meu Melhor Amigo"... Embora de vez em quando sofra ciúmes residuais dos meus ex-namorados, eles estão namorando garotas tão legais, mas TÃO legais que eu não consigo, por mais que me esforce, detestar elas. Eu não consigo, eu não consigo buáááá, elas são legais demais!!! Eu gosto delas! Eu acho que eles formam um par bonitinho! Aaaaaaaahhhhhgh!

E isso vale principalmente pros meus últimos três ex em ordem cronólógica invertida.

Pior que nem rola valsar com o Rupert Everett no final...

segunda-feira, setembro 22, 2003

Então sábado foi dia de vacinação... Levei o Lyon (Shadya e Lewy agora moram numa fazenda BEM mais ampla e confortável que meu apê), que *nunca* tinha saído do meu apartamento antes, enrolado numa fronha - foi engraçadíssimo. Ele miava desesperadamente, provavelmente pensando ques estava sendo sequestrado ou que teria o mesmo fim dos seus irmãos. Relaxou quando viu o posto e tomou a vacina numa boa, ficando calmamente aninhado no meu colo no caminho de volta pra casa. Até aí tudo bem...

Só que domingo, quando volto da casa dos meus pais encontro uma "surpresa" me esperando na entrada do meu apartamento. Alguém jogou dentro do portão um gatinho preto, de uns quatro meses, maaaaaaaaaagro toda vida e um bocado folgado, porque já foi miando pra mim e me acompanhando escada acima como se fosse a coisa mais natural do mundo. Não sei se vou ficar com ele, dois machos dentro de casa?! Lyon está tendo altas crises de ciúme enquanto o gatinho ainda inominado se acha o "rei" da casa, rs! Mui provavelmente ele deve ir de mala e cuia pra mesma fazenda onde os outros estão até o fim da semana. Enquanto isso é aturar Lyon que continua desconfiadíssimo, ciumentíssimo, disputando atenção e até começou a fazer pirraça!

quarta-feira, setembro 17, 2003



This tale is of sorrow, melancholy and sadness. Is about being tired of being tired of being yourself. Another self. The self reflected by the opaque light into another's eyes. It is sad to be alone, but it is safe. It's good to be alone with yourself sometimes. The matter with sometimes is that it lasts forever. The movement is to go inside. Curl over myself. Close the curtains by now. It is good. Time for uncover old dreams and to just sleep away under warm sheets. The action of looking for relieve outside is sharp. Rejection cuts. Begging for warmity on else's arms hurts. Hurts to know you have to ask. Action opening inside to outside feels like razors cuting the skin of the heart. You get used to the pain because you need them. You give power to them to hurt you. Reflected on outside's eyes is only your meat. It's like swim on a dark sea. If words are necessary, it means they're not caring to go inside you, they prefer to put their hands on your cavity, force it open and examine what you hide preciously with cold lenses to see if your despair fits them. The hands that can warm can burn you. It's safer being alone. Dreams can hurt too, but even if you can be haunted by them you can always shake them away. Others give you what you need when it suits them on the manner that suits them, even if it doesn't match your needs. It can be starving because it's not enough or suffocating because it's too much. Starving for love and attention hurts. But in loneliness there is oblivion in not being obligated to act like others want just to be accepted and receiving your bone, "good girl". There's an ultimate oblivion on the fact that being alone with yourself conducts you faster and faster, on the long ways inside yourself, to insanity. For madness knows different colors and pains and not being aware of anything more in continuous tense seems to be the only dark light on the end of this weak tunnel.

terça-feira, setembro 16, 2003

Sabe o que às vezes me cansa? É não saber se as coisas que consegui criar nos intervalos entre minhas crises de depressão realmente farão alguma diferença em meio a desenhistas, pintores e artistas muito melhores do que eu... Não sou genial, não sou grande coisa além de mim mesma, sou pobre e dependo de mim mesma e talvez leve anos para realizar alguns dos meus sonhos mais banais... Que dirá ser livre pra criar? E mesmo que eu me liberte das amarras da luta pela sobrevivência, de que isso irá adiantar se não tenho estilo próprio e quando tenho tempo livre este se divide entre epísódios auto-destrutivos de melancolia e raros momentos eufóricos de delírio criativo que muitas vezes não se concretizam?

Eu IMAGINEI um mundo de criações... imaginei desenhos, projetos, canções. Cheguei mesmo a esboçar vários deles. Alguns morreram pela ação dos anos e das inovações tecnológicas, quantos ainda deixarão de existir porque seu momento passou? Ou porque com os olhos do presente eu só enxergo a imperfeição do passado? E de que adianta se tudo isso passa?
Exercício básico de futurologia...

Cenas que eu gostaria de ver alguns anos num futuro não muito distante...

Eu vou ao mercado. Com um gadget misto de palm e celular contendo a lista de compras na mão, vou marcando os itens adquiridos e o preço através da leitura de códigos de barra com o infravermelho do palm/cel. Chegando no caixa opto por débito em conta, a atendente passa no leitor os produtos, o total dela equivale ao meu, sincronizamos através do infravermelho o valor da compra e eu autorizo o débito (o smartcard do meu palm/cel tem funções de cartão múltiplo de banco). O computador dela repassa a informação ao sistema dela e ao banco, e o valor da compra fica armazenado no meu cel/palm, onde posso inseri-lo no meu software de controle de despesas preferido. Rápido, prático... e ainda dá pra usar o mesmo aparelho pra ligar pra alguém pedindo carona pra levar as compras :-)


Um dos meus maiores problemas com softwares e saídas de arquivos é o fato de que a maioria das empresas não atualiza suas bases de softwares com a mesma frequência e não adianta eu ter o Corel 11 na minha máquina, um lugar vai trabalhar com Corel 9, outro com 10 e por aí vai... E quando você visita alguém, tem de usar a máquina dessa pessoa e nenhum dos softwares que você precisa estão instalados?

Eu gostaria de um serviço onde, como o próprio editor de texto desse blog onde digito agora, o software estivesse todo concentrado num servidor e você pudesse utilizá-lo de qualquer máquina com OS e um browser compatíveis, apenas inserindo sua senha e login no site.
Imagine que beleza! Não precisar saber se aquele computador tem Photoshop, bastaria entrar na Internet, acessar a página da Adobe, abrir o photoshop, trabalhar nele, salvar os arquivos na máquina local, mandar por e-mail, whatever e fechar a página. As atualizações de softwares poderiam ser feitas em módulos, e versões mais leves e mais pesadas poderiam ser criadas de acordo com a banda disponível ao usuário, contendo pincéis diferenciados ou plug-ins etc... Ao invés de comprar o CD com o software e uma licença de uso, pagaria-se uma assinatura por tempo específico dando acesso àquele software. Posso estar viajando na maionese, mas acredito que o valor dessas assinaturas seria bem menor do que o dos pacotes distribuídos hoje em dia, até porque não haveriam despesas com material, gráfica, transporte etc embutidos no preço. As empresas de anti-virus já trabalham com assinaturas renováveis. O ICQ tem sabores de download ao gosto do freguês e eu posso acessar meu editor de texto do blog e meu ICQ2go de qualquer micro.
Eu adoraria ver um BOM editor de html, um BOM editor de imagens vetoriais e um BOM editor de imagens bitmap nesse mesmo esquema. Será que um dia rola? O que falta pra chegar lá?

quinta-feira, setembro 11, 2003

C'os sometimes my heart dwells in shadows I need to run under the rain and dance... Feel the drops wet my hair and come into my soul so I can dissolve myself in blissful relieve... Can you see the fire into my eyes? It burns when I search for you, in almost sweet despair. Help me to find my path between the trees... I need the blue that is lost to me, I need arms around to warm me within... I miss the moon, I miss the smell of green and the weight of passion over my body, I'm nothing but a quick dark flash hiding on the dark walls so no one can see me... So I can reach safe from foreign eyes that place where your look still remains on the air, I can feel it on the grass, I can feel on my lips the kisses that once were, I can feel on my skin your way deep inside of me... Memories, reality... Not anyone, I need you... There's a deep lack of you growing inside of me, come... even if from the darkness, even if from a second, from a memory of the past where we were together, feel me as I feel you, as I miss you... Free me from this pain making its way all over myself... I can't stand much longer to cry again, falling on my knees, praying for you on the darkness, all loneliness within...


Ganhei presente do Picolé:-)
Não é por nada não, mas onze de setembro de cu é rola... Caralho, como a mídia vampiriza os fatos!!!

Pois é, então ontem eu tive o prazer de conhecer o senhor Bond. Foda é que ninguém conseguia terminar a conversa e ir pra casa hehehe...

terça-feira, setembro 09, 2003

segunda-feira, setembro 08, 2003

Estamos aproveitando que sobrou muita coisa da festa do Gabriel (bolo, salgadinhos, brinquedos etc) e este sábado, dia 13, o Gabriel, eu e a Ana Marta faremos a festa para as crianças de um Orfanato! Quem quiser colaborar doando roupas, brinquedos, leite e alimentos não perecíveis, entre em contato comigo até sexta pelo meu e-mail ou pelo ICQ 4915573.
O aniversário do Gabriel sábado foi muito legal! Tive a participação especial do Bixcoito, que além de ajudar a encher as 250 bolas que usamos para decorar a festa (e que a ventania desatada fez o favor de estourar estragando nossos esforços!!!!), pintou o rostinho das crianças de "peixinho" criando um cardume de pequenos Nemos na festa, deu de presente pro Gabriel o primeiro livro de Clarice Lispector da vida dele (com dedicatória!) e me fez ler o cartão que me mandou pelo Yahoo, deixando esta coelha chorando toda emocionada escondida no quarto, pra ninguém ver que ficou toda derretida :P
Meu amor se multiplicou em dez junto comigo para dar conta de servir salgadinhos, refrigerantes, pipoca etc e ainda animar as brincadeiras...
Também foi a única festa que eu já vi em que ao invés de estourar a bola com brinquedos no alto as crianças pularam em cima da bola até estourar! Tivemos dança das cadeiras ao som de Beach Boys e pescaria (disputadíssima!) a festa inteira... Enfim, estou morta de cansaço até agora mas o Gabriel se divertiu muito, a molecada curtiu, com exceção do vento chato deu tudo certo e eu estou feliz :)

Senti muito a falta da Ana Marta, mas a festa ainda não acabou, como vocês vão descobrir no post acima!
Finalmente aconteceu: meu e-mail do trabalho foi descoberto pelo SoBig.F! Recebi mais de 150 mensagens contaminadas este fim de semana, entupindo a minha caixa no servidor e bloqueando o recebimento de mensagens do formulário de atendimento ao cliente da página da Art Films, assim como outros e-mails referentes ao trabalho! O pior é que a praguinha é esperta, manda e-mails para vocÊ dizendo que você mandou e-mail com vírus... só que as "supostas" mensagens enviadas do meu e-mail estavam com data de 7 de setembro, domingo, e obviamente o computador do trabalho estava desligado e não poderia sair enviando e-mails contaminados estando offline... Como meu Norton é atualizado duas vezes por dia, não estou infectada mas que é uma aporrinhação ter de clicar "sim, jogue esse cara na quarentena" duzentas vezes é!!!!

sexta-feira, setembro 05, 2003

quinta-feira, setembro 04, 2003

Hoje é aniversário desse mocinho lindo... Tem festa sábado, mas os presentes ele já começou a ganhar hoje!







5 aninhos, como o tempo passa rápido! Feliz aniversário pra nós!!!!!!!!!!!

quarta-feira, setembro 03, 2003

terça-feira, setembro 02, 2003

Ando tendo idéias para uma nova histórias em quadrinhos feita para o formato do fotolog. Teaser aqui

segunda-feira, setembro 01, 2003

Minha galeria de FANART de Sandman está online!
: D


Obrigada mui naturalmente ao Marcelo Paschoal por me ceder o espaço e ao Lord of the Flies pela indicação do site!
Vou ali arrumar as coisas pra festa de aniversário do Gabriel. Estou pensando em fazer um arrastão de amigos partindo da Tijuca, passando por Niterói e chegando na minha casa. Ana já está no bonde, Bix você está sendo oficialmente convocado! Voluntários pra ajudar a encher bola e fazer pipoca, levar bandeja de salgadinho e amansar a molecada alistem-se no ICQ 4915573.
I can't stop thinking...!

O namorado esqueceu um livro sobre hiperespaço lá em casa. Oh-ohw... eu peguei para ler. CLARO, se leio até bula de remédio imagine um livro inteirinho sobre um assunto interessante esquecido do lado da minha cama! (como ele também está lendo, teoricamente tenho que devolver rápido :P) O efeito colateral de começar a ler um negócio desses é começar a ter idéias e tecer teorias e conjecturas e não conseguir parar de divagar até perder a parada do metrô... A parte de mim que foi criança para brincar de fazer experiências com estojo de química e ganhou de presente do pai assinatura da Superinteressante no segundo ano com direito a adquirir todos os números atrasados pra ter a coleção completa (cancelamos a assinatura com a "popularização" da linha editorial da revista, aliás mal que também acomete a INFO exame e que me faz ter ganas de vomitar ao ler os títulos das matérias publicadas na revista - que continuam num nível razoável MAS cujos títulos são quase tão apelativos quanto de um A Notícia da vida :C) convive BEM até demais com a bruxa que consegue misturar referências de teosofia, sincronicidade, árvore sefirótica judaica, formas de aplicação de magia em diferentes planos de atuação, partículas subatômicas e a noção de átomo da filosofia grega e as dimensões citadas no livro na mesma sacolinha mágica. Aiaiai-aiai... muito medo de até onde isso tudo vai me levar... Pensar não só enlouquece como vicia.
Reminiscências...

A coisa que talvez me deixe mais aborrecida e chateada com relação a meu ex-marido é que começamos como amigos, nos tornamos namorados, casamos, me separei dele e, infelizmente, de jeito algum, consegui que permanecesse a amizade. Não sei se fico mais triste ou apenas mais cansada de saber que não podemos conversar sem que haja atrito, nenhuma frase pode ser dita livre de segundas intenções e recebida da mesma forma... Como pode ser que os anos tenham transformado o homem que mais me entendia no mundo no homem com quem toda tentativa de comunicação e entendimento está fadada a gerar frustração e ressentimento? Como pode ser que tenhamos amadurecido em direções tão opostas e divergentes? O que resta de amor no meu peito e o antigo estremecimento diante de coisas tão simples como estar perto dele, sentir sua presença única perto de mim, acaba por ser como uma flor que teima em brotar nas brechas de uma calçada apenas para ser pisoteada a cada tentativa de sobreviver. Acho que apenas minha teimosia ainda retém o pouco que restou daquilo que se esgotou no cansaço acumulado de anos de agressões de sabores variados... essa última teimosa migalha de amor que não quero que vire apenas a lembrança de um amor que perdeu a razão de ser mas que um dia foi imensamente belo, não quero esquecer que para cada noite escura, amarga, abusiva e angustiante tive minha porção de manhãs de sol, céu azul e cheiro de felicidade no ar. Sim, tenho ressentimentos e não são poucos, mas timidamente ainda ofereço a mesma flor amassada e meio pisoteada mas com a mesma essência, mesmo que um tanto quanto maculada com a lama das estações, do que resta ainda puro dentro de mim, seja amizade ou amor. Inutilmente, eu reconheço, sei que o gesto é mesmo patético. Mas essa flor que brotou em terreno fértil não me pertence, nasceu para ser dada de livre e espontânea vontade, por maior que seja a mágoa e apesar de todos os pesares, àquela pessoa por quem desabrochou. O irônico, o enxergar além das aparências rudes, é saber que ele ainda me ama e que se dá um tapa na mão que eu teimosamente tento oferecer é apenas para tentar ocultar de mim aquilo que está evidente, que me repudiar e me desprezar foram as únicas defesas que conseguiu encontrar para disfarçar sua dor.