sábado, março 15, 2008

Meus sonhos rendem HQs...

Então eu tinha mudado para os Estados Unidos, sei lá porque. Acho que por amor, namorado também estava por lá. Eu estava morando numa casa de família complicada, algumas pessoas me esnobando por ser estrangeira, outras presas aos seus próprios problemas e pelo menos uma adolescente Paris Hilton-wannabe com bulimia. Aprendendo a me virar naquela cidade estranha, indo trabalhar numa empresa grande que eu não lembro agora qual era, sou "interceptada" por policiais na rua e, well, you know the score: te jogam dentro do carro e te crivam de perguntas. Eu pensando em algo como la migra e hey, eu não estou ilegal aqui, acabo descobrindo que sei lá porque eles acham que eu possa ter alguma ligação com os militares do meu país e poderia ajudar eles a encontrar um determinado coronel das forças armadas que teria enfrentado antes um maluco que eles estavam encarando agora. O sujeito desenvolveu uma espécie de tecnologia para gravar um CD com uma frequência de sons capazes de desestabilizar moléculas ao seu alcance. Forte o suficiente para causar danos ao sistema auditivo de quem ouvisse o som, ou de causar danos cerebrais irreversíveis. Enfim, uma frequência sonora capaz de aleijar e matar. E estava ameaçando espalhar os tais CDs por lojas de departamento matando uma quantidade aleatória de pessoas caso suas exigências não fossem atendidas. Ele queria dinheiro, claro. O detalhe divertido no sonho é que ele queria dinheiro das grandes gravadoras. Quando os policiais, CIA, ou quem quer que fossem os agentes me mostraram a revista onde estava a tal matéria sobre o tal coronel que tinha enfrentado o maluco eu fiquei pasma: "mas isso é uma revista de ficção conhecida! Esse coronel que vocês estão procurando é um personagem de quadrinhos!!!" Era óbvio que o maluco usou a identidade de um vilão de histórias em quadrinhos para se apelidar, difícil foi acreditar que os americanos tivessem sido burros o suficiente para não perceber isso. Oh well, pelo menos isso poderia fornecer alguma pista sobre o perfil psicológico do cara, foi o que eu disse. Lamento não poder ajudar mais, não conheço ninguém nas força armadas brasileiras que conheça algo sobre tecnologia sônica, talvez meu irmão conheça. Me largaram no mesmo ponto onde me pegaram, o embaraçamento visível na cara deles, e eu pensando duas coisas: quem diria que ser fã de quadrinhos e revistas independentes um dia pudesse ser útil e hey, será que uma tecnologia assim é possível mesmo?

Essa foi a parte em que o sonho começou a degringolar para a mais pura viagem na maionese e de repente virou uma espécie de filme da Marvel onde o Quarteto Fantástico enfrentava robôs gigantes que literalmente estavam passando e pisoteando o lugar onde eu estava (que era uma espécie de prédio ao estilo Niemeyer, com cúpulas redonda etc, parecido com as obras dele em Brasília) e eu lá olhando aqueles monstros de metal imensos passando por cima da minha cabeça e pensando em sair daquela área aberta e procurar um lugar pra me esconder, ainda por cima encontro uma menininha baiana que se perdeu da mãe na confusão, cato ela e vou me esconder num vão entre os edifícios. No que estou tentando acalmar e consolar a menina, o homem-aranha aparece procurando por pessoas que ficaram presas no meio do conflito para resgatar e acha a gente. Tem uma cena ótima em que a menininha pergunta para ele como ele escala as paredes e ele mostra os pelos de aranha na ponta dos dedos. Ela faz uma cara de espanto e nojo e ele diz pra ela não ficar com medo (e eu rindo baixinho). Ele faz ela subir no cangote dele e começa a escalar o prédo com ela nas costas, provavelmente levando para um helicóptero de resgate ou algo assim. Eu espero, já que ele vai voltar para me resgatar também, e acordo. Me perguntando se a tal tecnologia sônica existiria mesmo ou seria possível.