quarta-feira, junho 18, 2003
Tranquei os esqueletos de volta no armário, as cicatrizes abertas doem um pouco menos. Descobri que elas doem quando eu sinto muito frio, como o pé que incomoda desde que eu engessei ano passado. E alguém me lembrou de que elas continuarão lá e de vez em quando vão voltar a doer, nos dias mais frios, quando eu não estiver esperando e quase tiver esquecido sua razão de ser... que isso faz parte de mim, como todo o resto, todas as histórias de que sou feita hoje... Há algo que nos faz mais fortes por conta das batalhas que perdemos na vida, mas que cobra um preço amargo com o qual mal somos capazes de lidar... E por me ajudar a atravessar a noite escura e fria no momento em que eu mais me sentia sozinha, por me lembrar de verdades simples e velhos compromissos, até mesmo pelo presente de um gesto inesperado, do qual nunca me julguei capaz na vida - eu digo obrigada. Por tudo, e principalmente por ter estado comigo quando precisei de você. Obrigada por cuidar de mim.