segunda-feira, agosto 16, 2004

My life as a trendsetter, dois “causos” e uma confissão

Hora do almoço aqui na empresa, catálogo de lingerie genérico passando de mão em mão. Algumas lingeries até bonitas. O catálogo só com duas modelos, uma morena e uma loira, e o fundo obviamente demonstrando que o fotógrafo pegou emprestada a chave daquela casa de praia de um amigo dele (daquelas que têm churrasqueira do lado da garagem e tijolinhos vermelhos e telhado colonial), chamou uma amiga maquiadora e aquele amigo designer e foi à luta. E eu aqui pensando que não tem jeito, pensar em lingerie lembra SEMPRE Victoria's Secret. Aqui no Brasil, no imaginário popular, só dá Duloren.

Uma coisa leva à outra e me lembrei de dois causos passados cujas protagonistas foram... as minhas peças de lingerie!

Carnaval em Visconde de Mauá. Eu recém-casada acampando com o ex-marido e os amigos dele. Dia quente, vontade de tomar banho de cachoeira. Mauá, terra dos hippies, da natureza, tudo gente boa e tal... Não hesitamos em arrancar as roupas do corpo e cair na água. Eu estava usando um conjunto imenso (pros meus padrões) de sutiã e calcinha, maior até do que um biquíni careta. Descobrimos na marra que o pessoal no acampamento não era tão “liberal” assim quando um deles esperou meu então marido sair de perto pra mandar um “muito linda sua Duloren”... CLARO que não era uma Duloren, mas eu não quis desiludir o cara...

Rovian, extinta buáti de São Gonçalo, uma das festas que de vez em quando rolavam por lá. Na pista coberta, show de rock com uma excelente banda cover, surpresa da noite. Me acabando de dançar ao som de Legião Urbana e Nirvana, a pista molhada de cerveja, naturalmente escorrego e levo O tombo, caindo sentada pateticamente de perna aberta no chão. Doeu, claro. Mas tudo bem, tudo é festa e diversão, o ritmo mudou e eu fui pra pista aberta onde se misturava techno com funk (SIM, funk. É São Gonçalo, pombas!). Estou lá na minha quando chega um “preibôi” e manda “você não tava na outra pista?” “Sim, porque?” “Porque eu vi sua calcinha...” Respondi na lata: “Ah é, hoje eu tava usando!”. Naturalmente o “prêiboi” saiu de fininho, tendo falhado em sua missão de me “zuar”.


A confissão: eu tenho mania de ficar enrolando no dedo a tira da calcinha quando uso calça saint-tropez. E ODEIO homem que faz “plec!” com a mesma. Mas sei lá porque, eles adoram! Vai entender...