Ouvindo os primeiros albuns da Legião Urbana e refletindo: eu, que nasci sob o signo da Geração Coca-Cola, tinha um certo receio na época (1985, 86...) de que tipo de "Geração" meus filhos seriam. De certa forma é um alívio, e acho que nenhum de nós poderia adivinhar que os filhos da Geração Coca-Cola seriam da Geração Internet (Móvel, no caso do meu, que tem 10 anos e fica frustrado quando o Wi-fi de casa não funciona porque quer jogar Mario Kart online no Wii contra jogadores do mundo todo).
Gabriel não sabe o que é ditadura, não sabe o que é inflação, não sabe o que é ter outra moeda que não seja o Real. Ele não sabe o que é viver num mundo sem computadores ou celulares (eu comprei o primeiro computador alguns anos antes de engravidar dele, e o primeiro celular quando ele estava na minha barriga). Eu admito: eu gosto disso. O futuro acabou se saindo mais interessante do que eu imaginava na época em que a minha música preferida era Quase Sem Querer.