A realidade bate à porta... Dia 12 tem audiência da minha separação. Esse processo está se arrastando há dois anos. Quando isso vai terminar? Quando vou estar livre?
De resto, hoje levar o filhote ao aniversário do amiguinho, no sábado levar o filhote ao cinema , ir ao show de Copacabana no domingo. Dia 9 é aniversário do Henrique, dia 10 da Ana Marta. Dia 12 a audiência, dia 15 o meu, dia 16 o do André. Depois Litha, Natal, Ano-Novo e quando eu parar pra olhar pra trás e ver já estamos em 2003. Eu não sei o que fazer no meu aniversário. Eu não comemoro Natal, mas também não sei o que fazer nesse dia. Sempre faço algo para o Gabriel. Eu não fiz planos para o Ano Novo. Todo mundo que conheço vai ficar com a família, fazer festa, viajar, planos e planos e planos... E eu, nada... Não tenho para onde ir, o que fazer e a única família que eu tenho é um tampinha de 1,08 m. Nesse ponto pelo menos não importa a data, todo momento com ele é especial.
Estou com uma sensação de vazio tão grande... Não sei o que fazer. Meu aniversário ano passado foi vazio. Talvez esse ano eu apenas fique o dia inteiro na cama tentando fingir que é um domingo como outro qualquer... Eu já me comprei um presente, então a coisa fica menos pobre... talvez eu compre uma fatia de torta na padaria da esquina pro Gabriel, sei lá. Talvez eu compre um vinho francês na Lidador e brinde a mim mesma. Talvez eu devesse parar no 2.7 e não pensar em comemorar mais aniversários... Sei lá, eu sou uma louca, alucinada e criança... Só que não sou mais criança. E a vida é feia, boba e chata com criaturas românticas e sonhadoras. Ah sei lá, tô carente. Por favor deixe seu abraço e seu carinho após o bip.
bip.