Back from the riversides of grief and the road to hell over hills...
Sim, estou de volta. Fiz coisas. Outras aconteceram. E não sei se um dia contarei essa história aqui. Definitivamente.
Duas coisas eu descobri nos últimos dias: reconstruir sua vida depois que te levam tudo aquilo que fazia você ser quem era é uma questão de dignidade. E identidade é uma coisa tão frágil que pode ser contabilizada nos objetos familiares de que você se cerca e a que você se apega, fazendo deles extensões de sua própria personalidade. Da maquiagem que me fazia sentir mais bonita à carteira de identidade e o Palm no qual tantos momentos de prazer e dor foram registrados nos últimos meses, além das fotos do meu filho e dos homens a quem me devotei por estes tempos... E mesmo o CD com músicas escolhidas a dedo e o outro com textos, poesias, trabalhos, tudo perdido nas mãos de alguém que não conhece a chave do significado destas coisas. Vida e sentimentos reduzidos ao mínimo divisor comum da equação cotidiana do dia a dia no Rio, se tornando objetos de consumo e convertidos em pó... Tudo vão. Só me resta reconstruir minha identidade com novas peças, refazer o que puder, tentar recomeçar...