terça-feira, dezembro 21, 2004

fases

Este blog tem fases. Agora anda muito "análise dos relacionamentos".
Vai lá atrás e você vai achar misticismo, poesia, amores desesperados, lirismo, teorias sobre caos e sincronicidade, filosofias diversas...

Eu estava pensando em como conhecer gente nova é redescobrir a pólvora. A Internerd explicita muito isso, principalmente nos papos de IM. Nada mais sacal do que responder sempre as mesmas perguntas dez vezes ao dia para cada ser humano desesperado por contato e atenção que te adiciona só porque você é mulher.

Mas fora da web tambem é assim: o namorado novo ri daquela história que aconteceu com você há anos e você já contou pro cara que veio antes dele, e o que veio antes, e o que veio antes... E a mesma coisa acontece com ele, porque para você, entre vocês, tudo é novidade. Oito meses depois ele vai contar a mesma história e você educadamente vai fingir que não escutou a mesma coisa já umas três vezes antes, afinal, o amor é lindo... e você não quer que ele vá contar a tal história uma primeira vez para outra garota :) (oh como somos interessantes).

Eu não sei se é porque não tenho paciência para ficar me repetindo, se prefiro viver o momento presente, se porque tudo o que eu tinha a dizer sobre mim mesma já está na web, aqui no blog, nos profiles detalhados que sempre mantive no icq, no Orkut, no Multiply, no Link e em todo o resto, mas a verdade é que todas as vezes em que eu conheço alguém novo, seja no bar, seja pipocando na porra do MSN no meio do expediente ou no ICQ quando estou no meio do freelance só porque eu sou um "indivíduo portador de buceta", eu peço fervorosamente aos deuses que seja alguém pelo menos minimamente original, um ser humano e não um questionário ambulante cujo objetivo é te classificar como "comestível" ou "comestível após algum esforço"... e quase nunca sou agraciada com essa bênção. É tudo mais do mesmo quando tudo que eu quero na vida é algo diferente. E quando sou dadaísta, surrealista, quebro padrões, surpreendo e choco, até mesmo a resposta é igual. Eu daria de bom grado uma taça de vinho a quem surgisse do nada como um parceiro no crime e viajasse comigo em metáforas e significados. Pessoas assim existem. Pena que a maioria seja de imbecilizados.