This is the end, my only friend, the end... O remédio pra depressão acabou. Bobby Drake terminou comigo. Sunriser me mandou um cartão de dia dos namorados. Eu pedi pro Jean-Philippe me ligar e ele o fez. Gabriel ficou com raiva de mim porque eu chorei, embora eu não tenha dito a ele porquê. Meu coração dói, eu estou sem chão, eu quero morrer.
MAIS DO MESMO. Ele disse que não vai me ligar hoje. No fim de semana também não. Não é o fim, é só um tempo. Não é o fim, é só um tempo. Não é o fim, é só um tempo. A verdade é que não é só um tempo, é o fim de algo que ainda estava tão no começo... É como parir um filho e deixar a cabeça da criança entalada no meio. Eu vou sangrar, ela vai morrer sufocada, o sangue e a placenta vão apodrecer no meu útero, eu vou escorrer pus e sangue podre e velho até ele passar de amarelo a verde escuro e eu vou morrer. De novo. Ou vão ter de me arrancar o útero, as tripas e o coração... Eu quero que alguém arranque o meu coração para ele parar de doer, para ele parar de sangrar. Mais uma vez. Eu quero amar um amor puro e correspondido. Sem me sentir idiota por gostar de alguém e me dar pra alguém, pelo menos uma vez na vida. Mas tudo bem. Não é o fim, é só um tempo.
Love on the rocks… Só que depois que o gelo derrete só resta água. Neste caso, salgada.
Eu sou Rose Walker. Se você não sabe do que eu estou falando leia Sandman. Número 64, páginas 9, 10 e 23. Número 65 páginas 7 e 8. ESPECIALMENTE essas. Exatamente assim. E agora eu espero a próxima lua se tornar novamente sangue. Se ela não vier até mim, aí sim, eu poderei dizer. Eu realmente sou Rose Walker. Só me resta fazer a escolha que ela fez em The Wake... mas isso já é outra história.