terça-feira, janeiro 14, 2003

Vejo meus sonhos escorrer pelos meus dedos como pintura fresca na tela sendo lavada pela chuva... como vou chorar minhas lágrimas incolores e salgadas sobre esses filhos não nascidos? Ou serão sonhos impossíveis como balões de gás a que a gente tenta se agarrar antes que o fio escape por entre os dedos e a mais suprema ironia ver que os anos nos tornam cansados demais para até mesmo erguer nossos braços tentando alcançar com a ponta dos dedos esse fio tão tênue e sempre longe demais?