quinta-feira, maio 31, 2001

A Boa e Velha Solidão

Se preparem porque esse é um post atípico. E vem mais por aí. Estou a fim de teorizar e botar no papel as coisas que penso e acredito, talvez seja uma boa forma de descobrir o fio da meada.

Tenho um texto que vcs em breve vão ver na minha HP em que digo que a Solidão é uma dama infeliz... Mas é verdade. Seu toque até pode ser desejado, mas normalmente fugimos dela como ingratos, não agüentamos ficar muito tempo sozinhos. É verdade, eu detesto ficar sozinha. Só que tem um problema: no nível em que todos nós vivemos, nascemos e morremos sozinhos. Nunca você vai saber exatamente como sinto, como penso e como sou, citando o tio Renato. Mesmo que vc consiga desenvolver suas capacidades telepáticas, vc nunca vai ter o panorama completo do caos da minha mente e entender exatamente como formulei aqueles padrões que me regem. Somos únicos em nossos amores, dores, filosofias e identidades. E por isso mesmo, nascemos e vivemos sós, mas nos recusamos teimosamente a viver assim. No fundo, no fundo, somos um bando de solitários agrupados tentando se comunicar através de códigos rústicos e imperfeitos. A linguagem mais perfeita ainda é tão pouco estudada... Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos homens, me basta um gesto. E mesmo gestos não são universais. Pegue um japonês. Um membro do islã, um americano e um brasileiro, coloque todos na mesma sala e tente fazê-los se entender por gestos sem ofender ninguém. Rá!