terça-feira, maio 22, 2001

E aí me vem o Henrique e chega com aquele jeitinho dele e diz que conversou com a Cris (Cristina, a esposa dele, eu acho que ele encontrou a melhor mulher possível pra se casar, ela é maravilhosa!) e diz que é pra mim não esquentar em pagar o Livro dos Sonhos pra ele, que ele não tinha me dado nada de Dia das Mães e que eu merecia. Juro, eu fiquei com vontade de chorar pro resto da noite. Ele tem essa rara capacidade de me comover e me deixar sem reação. Eu fiquei sem saber o que dizer. E disse “não mereço não, mas você me faz ser especial. Eu só posso te agradecer por isso!” E ningúem no mundo tem idéia do que isso significa pra mim. Uma noite que estava até meio aborrecida, afinal eu acabei fazendo algo que não queria (acompanhando o Alexandre e não vendo nem metade dos stands que queria, mas isso não foi culpa dele) ficou perfeita com um gesto tão simples... No fundo, Henrique vive me lembrando que é nos gestos simples que se esconde a essência da vida. Ou seja, nesse final de semana eu passei de uma depressão leve a uma paz doce e terminei me estressando um pouco porque acabei dormindo na casa da minha ex-sogra (será que isso realmente existe?). Embora eu queira ser amiga dele, sim, não quero mais fazer programas na companhia dele. Ainda é muito cedo. Eu tenho muito que aprender sozinha. Tenho um novo mundo pra criar e muita coisa pra fazer. Nossa ligação é muito forte, mas uma hora vai ter que ser rompida. E tenho medo de como vai ser.