terça-feira, julho 02, 2002

With one breath, with one flow you will know synchronicity.


The Police



MOMENTO VIAGEM NA MAIONESE EXPLÍCITO. ELOCUBRAÇÕES SOBRE
RELAÇÕES PARADIGMÁTICAS ENTRE SINCRONICIDADE, ACESSO À ANIMA-MUNDI ATRAVÉS DA CATARSE DIONISÍACA, HYPERLINKS E SINAPSES CEREBRAIS. NÃO ESPEREM SENTIDO. PODE TER FUROS. AINDA ESTOU ESTUDANDO.
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Sincronicidade: ordem aleatória no caos fractal que compõe a essência do mundo. Paradigma. Sinapses. Hyperlinks. Relações acausais.



O hyperlink gerado em partes de documentos sensibiliza esses pontos para um contato através de uma rede de conexões aleatórias que geram um fluxo de informações/mosaico fragmentadas retornando “matchs” de maior ou menor grau de compatibilidade com o elemento de partida/impulso inicial.

As sinapses cerebrais criam um fluxo de energia/pensamento através da conexão de pontos sensíveis na constituição dos neurônios para a composição da informação.

Os hyperlinks e as sinapses cerebrais são os paradigmas das conexões acausais sincronísticas que determinam nossas interferências possíveis na “realidade como um todo” e na anima-mundi.

Uma pista para o que seria esse paradigma do “elemento sensível passível de manipulação” me parecem ser os arquétipos e os sigilos. O ponto de partida que parece colocar o fluxo de energia “in motio” parece ser a Vontade. O veículo transmissor parece ser a Emoção.

A questão, porém, é mais complexa que isso: nossa visão de mundo e percepção da realidade baseados em nossas perspectivas sensoriais não apenas são maya como também limitadas a nossos sentidos.

A mente não possui as mesmas restrições espaço-temporais implícitas na percepção física do mundo, tornando-a o instrumento/agente preferencial de trabalho. Com um pouco de análise de nossas abstrações mentais cotidianas podemos notar facilmente que estamos sempre vagando randomicamente entre lembranças de passados próximos e distantes, decisões e atos imediatos e projeções para vários níveis de futuro. A barreira está no fato de que as viagens mentais não conseguem se traduzir em percepções e manifestações físicas, ficando restritas ao âmbito da mente onde foram registradas.

Porém, esta realidade sólida do cotidiano, baseada em nossas limitações sensoriais, não traduz a pluralidade da complexa e intrincada teia de relações causais e paralelos e perpendiculares temporal-dimensionais que compõem a realidade absoluta que somos quase incapazes rotineiramente de perceber. Um acontecimento espaço-temporal relativamente sensibilizado cria um “nó”, uma “onda”, um “eco” e se divide imediatamente em todas as probabilidades/possibilidades passíveis de conseqüências daquele acontecimento. Essa vibração sofre a interferência direta dos agentes envolvidos e se condensa na realidade esperada como conseqüência “óbvia” do processo por estes, se mantendo relativamente homogênea até o direcionamento seguinte.

Ou seja: nossos atos são como dedos fazendo vibrar cordas de violão em pontos determinados (sensibilizados), sendo que as cordas são nossa referência linear de “realidade” e suas paralelas imediatas.

Arquétipos e mônadas nada mais são do que formas que as ondas fractais tendem a assumir, por isso tocando nosso inconsciente tão fortemente.

Sigilos são arquétipos “criados” e forçam as ondas a assumir aquele formato, calcando sua figura no inconsciente de forma a tocar e manipular os pontos necessários.

A sincronicidade pode ser usada para traçar caminhos correlatos entre significados comuns a momentos diferentes dentro da mesma “realidade” ou momentos simultâneos em realidades paralelas.

O sincronizador não só enxerga a teia como também usa sua vontade para moldar os caminhos que deseja percorrer, fazendo vibrar com seu toque os pontos necessários, desviando o fluxo na direção desejada e prevendo onde possível as conseqüências secundárias de sua interferência voluntária.

Cada elemento “vivo”(que de alguma forma interfere com a “realidade” linear) é um sincronizador inconsciente. Cada ser humano passa a vida fazendo escolhas baseado em possibilidades sem saber a maior parte do tempo que está determinando a forma adquirida por seu futuro imediato e menos ainda tendo consciência de que seu passado também é mutável. Existem vários graus para maya e a maioria das pessoas engessa de tal maneira em um só ângulo sua visão de mundo que praticamente sequer enxergam a realidade linear que está a seu redor.

Influir mentalmente sobre um futuro potencial ou redefinir o passado parece mais natural enquanto alteração no campo das probabilidades do que um dispêndio de energia para modificar a realidade linear-presente (ça veut dire aussi passado/futuro imediatos).

Ao contrário, parece que quanto maior a distância espaço-temporal do objeto que se pretende influenciar, menos energia é dispendida no processo (a barreira da matéria e das limitações sensoriais é rompida?)