quinta-feira, agosto 14, 2003

Ontem joguei pro alto a rotina para ajudar um amigo. Ele precisava de mim. Acontece que esse amigo é um ex. Quando liguei para meus pais a primeira coisa que eu ouvi ao pedir para pegarem o Gabriel na babá, foi que eu estava abandonando meu filho para "correr atrás de homem". O engraçado e triste é que se sou como sou e ajo como ajo, foram eles que me ensinaram a ser assim, há muito tempo atrás, quando passaram de mãe para filha um livro com a história de um menino, um piloto de avião, uma rosa e uma raposa, que tem uma frase que diz: "você é responsável por aqueles que cativa".
Me entristece saber que me enxergam por trás de lentes tão embaçadas. Fui sim, e irei sempre que for chamada. Estive presente como amiga, conselheira e sacerdotisa. Não sou fútil nem burra o suficiente a ponto de desperdiçar o que estou vivendo com meu atual namorado em troca de uma foda eventual. Sou acima de tudo sincera e leal com aqueles que estão a meu lado. A mulher em mim no momento anda muito ocupada encontrando detalhes no homem que amo que me deixam mais e mais apaixonada.

E é engraçado e irônico que uma das coisas conversada ontem é a tristeza de saber que as pessoas quando terminam com alguém tendem a agir da mesma forma sempre e a jogar aquela pessoa numa categoria fixa, o mesmo balaio de "ex" onde todo mundo é filho da puta e ninguém presta pelo simples fato de que é ex. É uma necessidade absurda de martelar um pino quadrado num buraco redondo só porque você acha que todos os pinos têm de entrar ali. É triste saber que alguém que você amou espera que você se comporte de um jeito porque acha que todo mundo que passa na sua vida tem de agir ou ser assim. Pior é saber que quem te botou no mundo te conhece tão mal a ponto de pensar exatamente assim.

Frase "iúshúldikinôumibédadândét" ou "o que fica", como diz o James: Tire a porra dos antolhos antes de olhar pra mim!