quarta-feira, setembro 11, 2002

"Eu tive fora uns dias, numa onda diferente e provei tantas frutas que te deixariam tonta e nem te contei que eu te procurei pra me confessar... eu chorava de amor e não porque sofria... eu tive fora uns dias, eu me odiei uns dias, eu quiz me matar..."
Desliguei o celular. Desliguei o ICQ. Desliguei o Messenger. Não quero saber. Não vou ler e-mail. Não vou ler blog. Nem vou ligar o computador. No máximo, pra sincronizar o Palm. Estou dando um tempo pra mim mesma. E quem realmente se importa comigo sabe onde me achar. Preciso trabalhar. Preciso cuidar de mim e do meu filho. "Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou." Quero viver a minha vida em paz e a única maneira ainda de imaginar a minha vida é vê-la como um musical dos anos 30 e no meio de uma depressão te ver e ter de novo fantasia...Sabe o que eu queria? Sentir que sou amada. Receber e-cards bobos. Ser surpreendida na saída do trabalho com flores e um beijo daqueles que te deixam sem ar. Gosto de brincar com idéias assim. Gosto de fazer coisas assim pelos outros. Porque jamais tive alguém que fizesse isso por mim. Sonhar é bom. Amor é bom. Paixão é bom. Tesão também.
Sabe do que estou cansada? De não poder dizer eu te amo. De sentir e não poder dizer. De esperar que se veja no olhar o que meu coração está louco pra dizer. Quer saber do que mais? Agora não faz diferença, já perdi tudo que podia perder. E não tem ninguém olhando, mesmo. Então foda-se, quer saber? EU TE AAAAAAAMO. AMO, AMO, AMO. Pronto, falei. Amo o brilho doce no olhar. Amo cada detalhezinho do seu corpo que desenho com meu olhar. Amo teu cabelo desalinhado e teus olhos fechados, te acariciar os cabelos enquanto você dorme, os únicos momentos em que ouso sussurrar baixinho, com lágrimas nos olhos, o que sinto e não posso dizer. Amo pequenos detalhes que só eu sou capaz de reparar. Estou cansada de ter medo de te assustar, de te perder se você souber o que sinto. Que diferença faz? Estou aqui, no meu cantinho. Hiding in my shell, esperando a tempestade passar. Quando ela passar, ainda vou estar sozinha. Preciso, talvez. Estou fora da área de cobertura. Estou aqui, no mesmo lugar. Será que você será? Eu não sei. Amo você, doce Francine. Amo você, meu menino gelado. Será que faz diferença? Gosto de viver devagarinho, um dia depois do outro, é bom. Eu já perdi tanta coisa nessa vida. Eu tento não falar. Fico quieta no meu canto, penso três vezes antes de falar. Não sou Desejo, sou Delirium. Não conheço os caminhos do meu coração. Quanto tempo vou ficar chorando embaixo do edredon? Não sei. Fiz minha escolha, sabe. Escolhi ser amada. E amar mais a mim mesma também. Você vai estar do meu lado quando a tempestade passar?