segunda-feira, dezembro 26, 2005

Já tem um tempo que eu acho que não tenho muito a dizer. E declarações de amor ao meu namorado eu posso fazer por outros meios rs. Adoro quando os bons e velhos amigos me lêem, adoro quando você que não me conhece e entra aqui me manda um e-mail, conheci muitas pessoas maravilhosas nesses quatro (!!!) anos de blog. Agradeço o carinho e a paciência.

Quando eu sentir aquele bom e velho comichão de postar alguma coisa porque tem "a cara do blog" eu volto.

Bom 2006 a todos.


Até logo, e obrigada por todos os peixinhos :)

domingo, dezembro 04, 2005

Wishlist de aniversário - edição 3.0

- Uma câmera digital de 3.2 megapixel com lentes legais (usada)
- Um celular novo (urgente) - eu bem queria: um Motorola v635
- Um Palm m130, Tungsten E ou equivalente (usado rs)
- DVDs: A Marca da Pantera, O Feitiço de Áquila,
Donnie Darko, Efeito Borboleta, Herói,
etc.

- Livros: O Andarilho do Cornwell; Sandman Endless Nights :)
- Um liquidificador novo :P

E o principal: conseguir vencer essa doença maldita e voltar a trabalhar.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Está um anoitecer lindo lá fora. Foi um amanhecer lindo na saída do show, mesmo com o frio típico das horas avançadas da madrugada. Tanta beleza ao meu redor não aplaca a minha solidão. Porque eu tenho de ser sempre triste?

sexta-feira, novembro 25, 2005


Hoje é aniversário desse moço maravilhoso que cruzou o meu caminho há quatro meses e, como bom farmacêutico que é, foi a cura para diversos males na minha vida. As lições que ele me ensina são preciosas: A amar me mantendo inteira e não sendo a metade de alguém que só existe quando ambos estão juntos. A compreender que cada pessoa é responsável pelas suas escolhas e que eu não posso ficar me culpando pelos erros e irresponsabilidades de outra pessoa. A acreditar que existem sim homens cavalheiros, companheiros e com mentalidade adulta (e o melhor: sem perder o lado criança - childlike e não childish). A confiar em outra pessoa, embora essa seja ainda a lição que me custe mais caro, mas que vem sendo provada por gestos e não palavras (que aliás é a maneira certa de se provar qualquer coisa). A ter fé de que um dia vou conseguir vencer meus dragões com a mesma determinação que ele venceu os dele. Ele tem isso: o jeito certo, a maneira certa de me fazer bem. E eu quero crer que faça algum bem a ele em troca :)

Eu me sinto extremamente honrada de ter como namorado um rapaz alto, bonitão, charmoso e de cabelos grisalhos ( ;P)... Companheiro, inteligentíssimo, divertido, de ótimo gosto musical e cultural, com um emprego phoda e uma carreira brilhante pela frente :) CLARO que ele tem defeitos, mas esses são meus e ninguém tasca, rs... São o que o tornam deliciosamente humano e me fazem amá-lo ainda mais.

FELIZ ANIVERSÁRIO, JORDANO!!!!!! Eu amo você e espero poder estar a seu lado nesse futuro brilhante que você tem pela frente, por quanto tempo as Parcas permitirem. Meus votos para você eu deixei no Orkut, aqui fica então essa pequena homenagem :)

quarta-feira, novembro 23, 2005

quinta-feira, novembro 03, 2005




Beltane, ah Beltane.

Pular como uma menina quando vejo ele chegar na festa-de-aniversário-góteca-do-Arlecchino. Ouvir alguém dizer "é, ele é bonito mesmo". e sorrir de orelha a orelha e ficar vermelhinha. Ver ele reencontrar os amigos nerds e aprovar os meus amigos (nerds). Me divertir com o papo filosófico entre um cientista ateu e um bruxo sobre a teoria da criação. Mandar SMS fofo de celular emprestado. Rolar de rir vendo a dança da cadeira mais bêbada e surreal e terminar a noite, naturalmente, nos seus braços.

E o que fazer no dia de los Muertitos? Jogar Wraith, é claro.

domingo, outubro 30, 2005

Recebi uma pequena visita do passado enquanto no mesmo instante atualizava nosso site do Multiply (é, eu fiz um site pra gente rs...) e não pude deixar de achar engraçado. Ao longo de todas as mudanças importantes na sua vida nos últimos dois anos você faz questão que eu veja e eu sempre me perguntei porque. Porque você precisa do meu voyerismo? Porque você precisa que eu saiba das novidades? E o que você tanto procura na minha página que não acha na sua vida? Afinal, você e as pessoas ao seu lado transbordam felicidade e aquilo que eu mais desejei pra você em todo o meu amor você já conseguiu: alguém para cuidar de você, te fazer bem, te fazer feliz.

Foi você que escolheu se afastar e escolheu o silêncio. Eu nunca entendi porquê, mas respeitei sua decisão. Não insisti, não te procurei, não me meti no meio da sua felicidade recém-conquistada. Sofri MUITO com a separação, fiquei muito doente, passei bastante tempo sem me permitir amar ninguém, e cumpri o que jurei a você. NUNCA mais vou amar alguém do jeito que eu amei você (obssessivo e doentio). Gostaria, talvez, de ter continuado sendo sua amiga, mas não foi possível. Sim, eu vejo as fotos, não por uma curiosidade mórbida, mas porque gosto de ver que você seguiu a sua vida e está feliz. E por achar engraçado e irônico que você faça TANTA questão assim de que eu veja. É tão previsível e tão infantil que eu acho até bonitinho. E PATÉTICO. Você se importa demais comigo. E, ironicamente, eu só lembro de você quando você se lembra de mim, rs...

Eu hoje amo um homem maravilhoso, de um jeito mais calmo e maduro, ainda assim intensa e apaixonadamente. E, sobretudo, SAUDÁVEL. Não posso dizer que vá durar, aprendi a não fazer planos pro futuro. Mas ele me faz bem, eu estou feliz, e quero ficar ao lado dele enquanto ele tiver saco de me aturar. Eu me permito amar novamente. Eu me permito ser feliz com ele. Mudanças acontecem na sua vida? Ótimo. Acontecem na minha também. Eu vou ser tia! E tenho planos muito legais para o final deste ano e o ano que vem. Vamos combinar uma coisa? Você pára de me stalkear semestralmente(e diz pro teu irmão parar também e ir cuidar da vida dele) e eu continuo ignorando que você existe e vou vivendo a minha vida.
Nos braços do meu amor hoje de manhã, conversando sobre a vida, me vi diante do dilema de Aquiles: Se eu pudesse escolher viver 10 anos em 1000 ou 1000 anos em 10, o que eu escolheria? Eu vivi uma vida intensa, intensamente boa e intensamente ruim, sempre entrecortada pelas crises de depressão. Se eu pudesse escolher viver uma vida calma, regrada, sem ter feito nada de diferente ou especial, mas livre da doença, o que eu faria? E me vi fazendo a escolha de Aquiles.

Eu vou ser TITIA!!!!!

Meu irmão e sua mulher estão grávidos de um mês e meio.

PHODA!

sábado, outubro 29, 2005

Estou passando pela pior crise desta doença maldita que me paraliza e me debilita nos últimos meses.

Mas uma coisa tem sido muito importante nesse período: Amor. O apoio que tenho recebido é a maior prova de amor que qualquer pessoa que já tenha passado na minha vida me deu. Esse menino que esteve a meu lado quando eu mais precisei me deu o presente mais bonito que já ganhei na minha vida: seu abraço.

É difícil também fazer família e amigos em geral entenderem que não estou doente porque QUERO, e que faço um esforço sobre-humano todos os dias para lutar contra isso. Lutar cansa, a incompreensão cansa, a solidão que advém dela cansa, o preconceito cansa. Mas eu sou teimosa e um dia vou ganhar a batalha. A única coisa que lamento é o tempo que a doença me rouba e o quanto de coisas que ela me impossibilita de fazer.

Eu estou melhorando aos poucos, um dia de cada vez. Desemprego, contas no banco implodidas, incapacidade de trabalhar, contas a pagar acumulando não ajudam sabe. Mas decidi cuidar de mim primeiro e consertar o que der pra consertar depois. Um pouquinho de cada vez, um dia de cada vez, eu sobrevivo.

E Beltane vem aí, meu sabá preferido :)

domingo, outubro 23, 2005


................. 3 meses ..................

Adoro vê-lo dormir. Adoro acordar nos seus braços. Adoro... você, J.

sexta-feira, outubro 21, 2005

I can't feel my hands. I can't feel my fingers. My body is so tired. I need help. Too proud to ask, too ashamed of being so fragile, I suffer in silence. But my eyes, oh my eyes that let anyone but you see that I am falling apart, I am crying loud inside, this infinite sadness, so big, so big, oh no there's a weight above me and the pressure is all too strong to breathe deep... Breathe long and hard to take the water down and go to sleep... To sink still further beneath the fatal wave... I think I'm drowning this sea is killing me. Inside. Please hold me. Please take care of me, for I am no longer strong to walk this path alone, and I am afraid of the darkness within me.

And still, in the middle of the hurricane, all that can be heard: the silence.
Oh sim, e descobri que as minhas digitais ficaram "comprometidas" pelo simples fato de que eu sou... uma dona de casa. E mãe. Quem diria que toda aquela louça e fraldas lavadas iriam detonar meus delicados dactilos... Talvez a culpa seja da combinação exótica de lavar alguma coisa, correr pra responder um "oh-ow" ou um "plurlumlum" no micro, voltar pra cozinha para tirar uma peça de roupa do molho...

Tsc... Quem lê isso até acredita que eu consegui passar tempo suficiente nos últimos 10 anos da minha vida fora de um escritório e perto de um tanque...


Nada como pensar em cortar os pulsos com classe.

sábado, outubro 15, 2005

Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas do rio correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

Se eu não arranco de mim esta tristeza imensa ela vai acabar comigo :(

sexta-feira, outubro 14, 2005

As memórias que eu não tenho me desesperam.
As palavras que me fogem enquanto falo: a fala arrastada, cansaço.
E eu me pergunto onde foi que foi roubada de mim a menina que eu era.
É no espelho dos olhos alheios que eu vejo quantos pedaços perdi de mim mesma.
Não saber onde, nunca, estão: chave, óculos, chinelos, contas, cartões;
Não saber nunca o que eu ia dizer enquanto ainda digo.
Não lembrar nunca, a não ser que fira, marque, calque, tatue, destrua, deleite, arranhe, sangre.
Meu mundo de frases literárias e palavras espaçadas por silêncios.
O esforço de manter coeso o fio entre elas traz a dor de cabeça e a exaustão.
Quando foi que me tornei uma sombra de mim mesma?
Eu me apago, eu bruxuleio, eu entrecortada pela inconsciência, sou-não-sou por inteiro. Eu. Quem me ama desse jeito pode ver como eu era?
Tão fragilizada pela vida, por mais que eu tenha lutado, me esforçado, me batido, gritado, esperneado, o cansaço vence. A escuridão vence. Os espaço entre a existência vencem.
Intermitente. Fragmentada. Cada vez... mais... distantes... a velocidade do pensamento... e a fala...

É um movimento de volta ao autismo da infância talvez? O primeiro sinal de morte em vida? Ou apenas um cansaço imenso que me deixou marcada? Eu não sei. Só sei que me perco...
De: Erlainn of the Fire Day
Para: Thor, Iansã, Zeus, Chac, Huya, Tlaloc, Inanna et alii

Ref.:
Balneário Infernal

Caríssimos Deuses da CHUVA. Colaborem aí com a nossa causa aqui no Balneário Infernal. Nas últimas 3 vezes que saí na rua, mesmo usando camiseta, voltei para casa com as costas ARDENDO. E nem estamos no Verão. Esta sexta-feira está quente pra caralho. Até a brisa sopra abafada. Eu faço uma dança da chuva virtual procês, mas, por favor, dêem uma refrescada, vai? Tá foda. Daqui a pouco só vou poder sair na rua à noite ou serei obrigada a usar filtro solar para sair de casa.
Rindo pra não chorar


Ser nerd demais começa a ter efeitos na minha vida prática. Precisarei refazer as digitais para a minha carteira de identidade. Pela TERCEIRA vez. Segundo o Detran, elas estão desgastadas. Como devo espancar teclados há mais ou menos uns 12 anos (sem contar a boa e velha Remington da minha infância), imagino que lá pelos 40 não tenha mais digital alguma. Só tem um furo nessa teoria, uma vez que o polegar e o indicador estão intactos e não tem dedo mais usado que o indicador... Enfim, mistério. Eles dizem que preciso conseguir um atestado com um dermatologista de que minhas digitais estão desgastadas. Enquanto isso, é re-re-fazê-las e rezar para a nova identidade ficar pronta antes que eu morra de fome.*

*Sem id não dá pra pegar o FGTS, sem FGTS não dá pra pagar contas, comprar comida etc etc etc.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Tristeza. Dor. Solidão. TPM. Malditas pílulas que não fazem efeito. Trabalhando o dia inteiro na frente do micro. Meio culpada por estar longe do meu filho. Tentando não me culpar porque afinal, eu estou trabalhando na frente do micro. Devia me sentir como se estivesse no escritório. Seria mais fácil, mas nunca é. Angústia, carência, ligo ou não ligo. Tenho bons motivos para ambos. É a loucura roendo pelas bordas e tentano me impedir de prosseguir, é o Photoshop travando, o Fireworks e o Flash que não abrem e eu esperando o download das novas versões pra dar boot na máquina. Paralysed. Ligo ou não ligo? Beber com os amigos na GANP. Ir à festa do Pin me Up. Mas isso não é trabalho. Culpa, culpa, culpa. Solidão. Carência. Aquela velha e conhecida dor consumindo meu peito. Tomar um banho, dar uma volta, fumar um cigarro, ligar pro meu filho. Quero te ver, penso em você, quero beijar você longamente e dançar apertando teu corpo no meu. Quero dançar hoje, seja que música for, com ou sem você. Mas com você tudo seria melhor. 52% de download. Argh. Fumar um cigarro, procurar uma taça de vinho, dar uma volta. Instalar os programas, dar boot, voltar ao trabalho. Tem um gato preto dormindo na minha cama e lá fora está escurecendo.

E eu preciso sangrar logo.

segunda-feira, outubro 03, 2005

quinta-feira, setembro 29, 2005



É assim que me sinto hoje. E ontem. E antes de ontem. Meu cérebro tem a rara capacidade de passar de um estado para o outro em fração de segundos. A morte é preferível a viver assim. Mas eu estou viva. Mais um dia.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Agora que estou bem, tão pouca coisa me interessa...
Ecce Hommo

Ah! Esse cara tem me consumido
A mim e a tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido
Ele está na minha vida porque quer
Eu estou pra o que der e vier
Ele chega ao anoitecer
Quando vem a madrugada ele some
Ele é quem quer
Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher

Cazuza na voz de Bethânia...
Le Pomme D'or

Finalmente alguma coisa "útil" advém do caça-palavras que eu comprei para encarar a fila do FGTS...

A arte da discussão(Filos.8)

ERÍSTICA

Discussão, indeed.

/me imaginando as consequências práticas da aplicação da erística em um debate lógico he.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Chove lá fora e eu aqui, sozinha no meu quarto, penso em você. No teu abraço, no arrancar das roupas, em acariciar teu corpo suavemente e pensar na perfeição criada pelos deuses, na beleza que existe na mistura do teu corpo com o meu, tudo simples, perfeito e bom. Minhas carícias foram preces suaves e silenciosas a esses deuses que nos criaram à sua semelhança para que nós também pudéssemos desfrutar do prazer e do amor. Ostara. "Você sabia que nós estamos fazendo dois meses hoje?" ele diz, com olhar de menino, enquanto me abraça. E eu guardo para mim o pequeno segredo que todos os que cruzaram o meu caminho ao longo do dia sabem menos ele: "Claro que sei, pensei nisso o dia inteiro e a despeito de todas as dificuldades, convites e desvios, eu não gostaria de estar em nenhum outro lugar nem fazer qualquer outra coisa esta noite do que estar em seus braços..." A verdade é que se me fosse dado o direito de escolha, eu escolheria passar todas as noites e acordar todas as manhãs em seus braços.

Eu fecho os meus olhos e tento recuperar pequenos momentos fora do tempo. Tão frescas permanecem as imagens do sol brilhando na prata dos teus cabelos na tarde de sábado, se refletindo obliquamente nos teus olhos, emoldurando em luz a tua boca e me trazendo lembranças daquele primeiro e interminável beijo, tão doce, tão diferente de tudo o mais que eu havia conhecido até então, e o pensamento/constatação de que aquele charmoso desconhecido me beijara de uma forma que homem nenhum jamais me beijou. Afortunada eu sou, que ainda o tenho a meu lado. As sombras das árvores e os raios de sol brincam de tecer seu chiaroescuro em seu rosto semi-adormecido. Uma ternura tão grande emana de mim que eu creio vê-la transbordar dos meus olhos, do meu coração e da minha boca, que deixa escapar em palavras o pequeno mantra que cada parte de mim externa: amo você.

Na manhã de domingo, vagando pela cidade, a realização deste amor estava tão presente no meu rosto que não houve um vendedor que cruzasse meu caminho que não me considerasse "estranhamente iluminada". É que levei Neil Gaiman e Alan Moore para casa, para me fazer companhia, junto a um bolo com gotas de chocolate e algumas passas. Levei também o sobrinho do Rei Arthur, para fazer companhia a seu tio e a Merlin, já senhores da minha estante.

A chuva estiou e a noite já se alonga. Eu sei o que pedir a Oneiros esta noite. Você pode adivinhar o que será?

sexta-feira, setembro 23, 2005


.............. 2 meses ...............

I all ever wanted, I all ever needed is here, in my arms

Eu te amo, J.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Doctor Unheimlich has diagnosed me with
Laineitis
Cause:thinking too hard
Symptoms:tongue retraction, dementia, abdominal swelling, spitting
Cure:cryogenic freezing until science catches up
Enter your name, for your own diagnosis:


ouvindo: Camisa de Vênus - Sinca Chambord :P

quarta-feira, setembro 14, 2005

Novidades

Espero ter um computador novo em breve. Daddy vai me ajudar a comprar. Escolhi e configurei uma máquina inteiramente voltada para o trabalho com ilustração e design. E é incrível como saber que as limitações do meu micro atual(um pentium 200 velho de guerra com 96 mb de ram e um hd que deve ter o mesmo espaço de um DVD) vão deixar de existir me INSPIRA.

Estou descobrindo que ficar em casa não é tão ruim assim. É ESTRANHO, pois desde que comecei a trabalhar em 95 nunca estive desempregada. Creio que desde a minha adolescência eu não tenho tanto tempo para mim, e para as minhas coisas. Pintei duas camisetas ontem. Devo comprar veludo e terminar de customizá-las assim. Talvez isso vire um projeto à parte. Tenho idéias para pulseiras também.

Embora continue procurando emprego, sinto um grande impulso de tentar descolar dinheiro através da minha arte, e me dedicar a isso. O novo micro vai me permitir terminar todas aquelas artes no Photoshop e todas as HQs que ficaram paradas, fora meu aprendizado de Illustrator. Meu site está em pauta (já está na hora de um redesign, não?). O site de Decadência também. A realidade de trabalhar no Photoshop e no Painter numa máquina rápida, on the fly, me anima MUITO. E eu acho que vou voltar a pintar. Meus acrílicos estão implorando "me use!" :)
Insomnia

Meus olhos ardem e com eles
Todo meu ser se consome
Sem descanso, na tua ausência
Meus braços erguem-se para o vazio
E te buscam sofregamente
Sem teu corpo não há paz
que vele minhas pálpebras
Tentando tocar tua face
meus dedos acariciam o éter
Sequiosos, meus lábios perseguem
A volúpia do teu beijo
Há tortura na memória do corpo
que falta a este leito
E eu inteira me dissolveria no vácuo
para despertar em seus amados braços
Pois sem seu acalanto, querido
Não repouso nem adormeço

quinta-feira, setembro 08, 2005

"Eu te amo". Palavras difíceis, que jurei nunca dizer. Pela primeira vez, novamente, mais uma vez, nunca mais. E eu digo. E eu sinto. Meu coração cansado e triste, tão traumatizado de outras dores, ainda encontrou forças para mais uma vez se encantar de uma forma ingênua e doce. E eu amo. Um amor que tomou conta de mim quando eu já não queria mais nada da vida e dos homens. Um amor pequenino e frágil que teima em me fazer suspirar pelos cantos como a menina que já não sou há tanto tempo, sonhando com seu abraço. Um amor que sequer sabe se um dia será correspondido mas que não se importa em ser mais do que é, em se fazer escapar dos meus lábios quando me distraio, que transborda de cada poro do meu corpo quando minhas mãos percorrem o corpo deste homem. Amar novamente é mais do que eu esperava da minha vida nos últimos anos. Ser amada é mais, muito mais do que sequer ouso imaginar possível.

quarta-feira, setembro 07, 2005

The sleepless night (first sketch)

On the silent darkness of this bedroom
Pale moonlight covers my limbs
And nurses the dreams of this body
Dreams of fire and passion, of you
Deep, oh so deep inside of me

Over the dark sheets of blue
I crave for the warmty of your embrace
Seeking to find on this pillow the smell
Of the beloved hair I have caressed
Time and time again

For my breast needs the beat of your heart against it
And my lips need your kisses to make me rise
It's in your embrace that I find peace after nightmare
And my fingers need your body to their delight

And I moan, and despair, and close my eyes
Drinking in the silence remnants of your voice
Feeling in my face the touch of your beard
In my throat bearing the mark of your teeth

Rejoicing on the traces of wasted pleasure
I pray to unknown gods to wake up again
To the dream of having your lips and hands
On these days and nights out of time

segunda-feira, agosto 29, 2005

Eu não devia estar me sentindo assim.

Passei um final de semana relativamente tranquilo (com seus pequenos ups and downs mas c'est la vie) ao lado dele. Never though it could have a link so strong between Tijuca and Niterói. Guest starring some place in Botafogo and a few hours in Copacabana. Adoro estar ao lado dele, abraçá-lo, acariciá-lo...

Eu não devia estar me sentindo assim.

Daddy ficou de me ajudar a comprar um micro novo. Já escolhi que máquina quero comprar. Será um bom micro. Me dei um DVD portátil da Gradiente de presente, um daqueles bon marché que só eu consigo às vezes. Semana que vem chega um armário novo e meu quarto vai perder aquele ranço de look eternal-post-mudança.

Eu não devia estar me sentindo assim.

Semana que vem é aniversário do Gabriel. Tenho muito o que fazer e planejar até domingo.

Mas eu estou. Infinite sadness weights my heart. E eu não sei a resposta, não sei mesmo. De onde, toda essa tristeza?

sexta-feira, agosto 26, 2005

Inferno Astral (ou extremo mau humor ou TPM fora de época)

Passo um dia na casa dos meus pais e esqueço que tinha que devolver 3 fitas pra locadora (multa!). Esqueço que era dia de terapia. Meu ex marido diz que a culpa da suspensão do Gabriel por ter batido numa colega de escola é minha e que a convivência comigo está fazendo mal pro meu filho. Tenho uma crise de overreacting a uma brincadeira que desenterrou vários fantasmas do meu passado numa tacada só e me pego chorando e tremendo descontroladamente na frente do computador. Depois me sinto estúpida. Vou dormir deixando o eMule ligado e acordo para descobrir que o micro congelou logo depois que fui dormir. Uma noite de download desperdiçada. Meu celular desligado me fez perder uma oportunidade de frila. A encomenda que fiz pra Saraiva foi liberada e não tinha ninguém em casa e os porteiros não são confiáveis então não dá pra saber se o portador já veio ou não. Chego em casa cansada, estressada e com vontade de chorar. O gato fez xixi nos meus documentos. Minha mulher está com rubéola. Se meu filho pegar, vou ter de cancelar sua festinha de aniversário semana que vem. Acho que estou tendo uma recaída da depressão. Como será que uma pessoa normal consegue lidar com essas coisas? Porque eu tinha que sair de casa e perder completamente a noção do tempo e da realidade? Pior é ter a plena consciência de que tudo que deu errado foi consequência de decisões erradas que tomei ao longo de quarta e quinta. Eu quero me enfiar embaixo do meu edredon e ficar quietinha esperando a tempestade passar, mas não posso. Coisas demais pra fazer, nem que seja ver se consigo tirar o cheiro de mijo de gato da merda dos meus documentos com álcool, levar Gabriel na escola, pagar as multas e contas atrasadas, engolir minha imbecilidade como um remédio amargo e aprender a lição.
Here's a toast to SIP

In every heart there is a room
A sanctuary safe and strong
To heal the wounds from lovers past

Until a new one comes along

I spoke to you in cautious tones
You answered me with no pretense
And still I feel I said too much
My silence is my self defense


And every time I've held a rose
It seems I only felt the thorns

And so it goes, and so it goes
And so will you soon I suppose

But if my silence made you leave
Then that would be my worst mistake
So I will share this room with you
And you can have this heart to break

And this is why my eyes are closed
It's just as well for all I've seen
And so it goes, and so it goes
And you're the only one who knows


So I would choose to be with you
That's if the choice were mine to make
But you can make decisions too
And you can have this heart to break


And so it goes, and so it goes
And you're the only one who knows


And so it goes - Renato Russo (interpretando Billy Joel eu acho)

quinta-feira, agosto 25, 2005

I walked away a day from reality. I spent a day between strangers in paradise. Alone in the house of my past, devouring bittersweet histories, hearing far but closer still my mom's voice and my son's laughter brighting the air. I miss you. I love you. It's not too soon or too late to say it. This is how I feel. I can't keep it inside of me. I see your face, I peer inside your soul through your eyes. Bad old habit, these piercing eyes of mine. I try to keep my low profile and my mouth shut. I fail, sometimes, overwhelmed by tenderness. My cell phone is shut down. Heat became rain that became a cold soon-to-be-Ostara-time night. I'll move my big flat ass away from the chair of the computer, embrace my son and try a good night sleep. I wish I could do it without the nightmares that came back to haunt me these days... But I'm used to them.

terça-feira, agosto 23, 2005


.............. 1 mês ...............
Todo dia eles fazem tudo sempre igual...

Randon user nº 342423424 diz:
ow

Miss Lane diz:
o q foi agora?

Randon user nº 342423424 diz:
eu amo minina de cabelo vermelho

--------------------------------->

Miss Lane diz:
Eu também

(silêncio)
Ratos canibais infanticidas from hell

Eles comeram todos os filhotes, fugiram da gaiola e estão se escondendo pela casa.

Estamos medianamente preocupados com a possibilidade do Lyon se lembrar de que ele é um gato e que deveria comer ratos além de ração.

Tem algum jeito de prevenir que topolinos comam seus filhotes? Eles eram tão bonitinhos, dá um dó no coração...

domingo, agosto 21, 2005


100 Quartos (une nuit dans la maison de Herv R. Costigan)

Dark Orgy = festa gótica numa casa estilo Escher. Muita vódega. Um namorado charmosíssimo. Muitos amigos bacanas. Mais vódega. Duas pistas de dança. Ver Z em péssimo estado etílico depois de detonar uma garrafa inteira de tequila vagaba (ele, não eu). Fazer merdinha com a câmera fotográfico dos outros (eu, não ele). Pular dançando Happy House da tia Siouxsie abraçada com namorado. Brincar de Love&Rockets (he he he)...

Enquanto isso, na sala de justiça...

I don't wanna be your fucking buddy.
Respeito só se perde uma vez.
Mantra

Adoro vê-lo dormir. Adoro acordar a seu lado. Adoro sua boca, seus lábios, amo tocá-los, sorvê-los, mordê-los. Adoro seu beijo. Adoro o brilho no seu olhar. Adoro seu sorriso. Adoro percorrer seu corpo com minhas mãos. Adoro a prata em seu cabelo, salt-et-poivre, très charmant. Adoro seu abraço. Adoro sua maneira de pensar. Adoro quando ele veste preto, trop trop sexy. Adoro, adoro, adoro.
Hohoho (or nerd girlfriends just wanna have fun)

He's got a blog. A GOOD one.

Now he has a Multiply page too ;)

quarta-feira, agosto 17, 2005

J and L
On the other hand...

(On the other side I'll see you again... On the other side we'll walk hand in hand...)

Erlainn goes buy book to boyfriend. Umberto Eco, A Ilha do Dia Anterior. Eu devia saber. Não me deixem sozinha num sebo. Saio de lá como feliz proprietária de:

Ilusões de Richard Bach
A Escolha de Sofia de William Styron
A Insustentável Leveza do Ser de Milan Kundera
A Bela da Tarde de Joseph Kessel
A Ilha do tio Huxley (intimidade é uma merda he)
Suave é a Noite do tio Scott Fitzgerald

Todos por circa 3,333333333... reais cada. \o/\o/\o/

Odeio lugares que aceitam Redeshop, esses antros do demônio... rs...

E agora eu já tenho o que ler (e reler) nas minhas férias forçadas.
DDK. Com ele. Faz absolutamente sentido. O jeito que seus olhos brilham e seu sorriso se ilumina quando certas músicas tocam. Adoro. Danço sensualmente na pista, suas mãos percorrendo meu corpo, nossas bocas se procurando. Avidez, voracidade, tesão. Paixão. Eu dizia "eu não sei dançar tão devagar pra te acompanhar". No más.
J. knows the score. He totally RTFM. E eu me espanto e me delicio com isso. So rare.
*Flashback*
Mood = hilarious

Sábado, 5 horas da tarde. Tijuca. Uma rua qualquer. Já vestida pra DDK, indo encontrar o namorado e jogar RPG, não necessariamente nesta ordem. Mesa de bar tipicamente tijucana no meio da calçada, cinquentões tipicamente tijucanos bebendo preguiçosamente suas cervejas, a quarta ou quinta mesa de bar tpicamente tijucana que cruzo em meu caminho. De repente escuto a cantada mais surreal dos últimos meses: "Se fosse minha mãe eu chifrava o meu pai!" Além de incestuoso é bizarro. Tadinha da velhinha, deve ter pelo menos uns 70 anos... É cada louco que cruza meu camnho...

* end Flashback*

sábado, agosto 13, 2005

Dias de lua, finalmente.
Eu sangro - com um sorriso no rosto.
Liberdade, minha prostituta adorada.
A quem de direito que entenda minhas palavras, he.

All hails to Hecate, senhora deste dia!

For I shall dress red to go to the Bloody party and celebrate with wine and blood.

terça-feira, agosto 09, 2005

terça-feira, agosto 02, 2005

... e então ela acordou.

Nada demais, mas as férias acabaram.

Saldão: Uma demissão (com aviso prévio), duas idas à GANP, uma Gothbox, uma ida à Fiofox, um namoro rápido com um árabe, uma paixão fulminante pelo meu atual namorado, um Almogoth, um chope hypervoider, ver a Fábrica de Chocolate e Sin City (este pela quarta vez), almoçar e jantar em horários bizarros, uma sogra legal, uma sessão de RPG (Wraith), uns 50 random users bloqueados no MSN, uns 60 miguxos não adicionados no Orkut e pelo menos um dia fora do tempo.

Férias agora só em dezembro. Dommage.

(porque quando o filho tem férias e viaja com os avós a mãe faz a festa he)

(e quando ele volta é devidamente agarrado, afofado, apertado e acarinhado. Pure joy.)

sexta-feira, julho 29, 2005

Quem inventou o amor? Me explica por favor...

Porque eu ando fazendo coisas idiotas. Porque tudo que faz sentido agora mora naquele dia, um dia fora do tempo. Os maias estavam certos. E os alquimistas foram chegando tão de leve que eu nem vi eles entrar, mesmo que o tio Benjor tenha mandado avisar.

E eu me pego emocionada só de ver aquela setinha no Orkut que leva o meu nome ao dele. Lambendo loooooongamente com meus olhos as fotos no meu HD. Procurando o que vestir para ir ao trabalho e pensando se ele gostaria dessa saia, dessa blusa, o cabelo desse jeito, será que tá legal? Vaidade besta, mas nem tanto. Nem tanto apenas estar bonita por ele, para ele, mas porque a felicidade caminha de mãos dadas com o brilho nos olhos e o batom na bolsa.

E tem muito tempo que eu não sei o que é me sentir assim. Um pouco de frescor num terreno arrasado por guerras, me permitir andar nas ruas cantarolando covers de The Cure feitos pela Tori Amos, sentir uma liberdade de tarde de domingo dentro do peito.

Just like heaven.

quarta-feira, julho 27, 2005

Eu estou... deliciada. Fascinada. Estonteada. Leve. Feliz, feliz demais mesmo.

E, pela primeira vez em dois anos, de repente cai a minha ficha. Agora, enquanto falo com vocês.

Eu estou completamente apaixonada!

segunda-feira, julho 25, 2005

É. Eu não tenho porra nenhuma melhor pra fazer. A não ser assistir a Fantástica Fábrica de Chocolate mais tarde MUITO BEM ACOMPANHADA.

O namoro vai bem, obrigada. A Goth Box foi foda. E eu estou demi-desempregada.

You like Bad Boy Draco!

Bad Boy Draco, is the ultimate Bad Boy! Always ready with that sexy
little sneer of his and a witty retort on his tongue, Bad Boy Draco just oozes sexiness! Bad Boy Draco just loves antagonising other people, acting mysterious and being the coolest wizard on earth! Bad Boy Draco can be found almost anywhere! In Hogwarts, in the muggle world, in fact just about anywhere! All that matters is that when you see him, he will have that ever so sexy smirk of his on his lips and danger glinting in his eyes. Bad Boy Draco is also very possessive!

You love him because under that Bad Boy exterior, you know he is a good boy at heart! And you want to be the one to change him! Bad Boys are really so much more fun!


Which Draco Malfoy would you fall for? With Scrumptious Pictures!
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Confused
Your word is: Confused. You have reached a stage in life where you have lost yourself completely. Identity-crisis is only the first name, and this is really depressing you. All you want is to be yourself, but how can you, when you know nothing? Others can not help in this situation, only you can find yourself again and become whole once more.


What dark word represents you? (anime pics and 7 outcomes)
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Depressed
Your connection with darkness is through your depression. Hated, sad and often feeling lonely, there is only a few that appreciate the real you. You tend to keep to yourself and away from the world since you don't want to be hurt and betrayed again. Music gives you the understanding you need to get through, it's your "therapy". Or you express yourself through art or writing. Chances are you're also an anti-social person, who only likes being with close friends, if even that. The world has finally showed it's true face for you and you wish life wasn't this miserable to live through. Maybe you'll find happiness in the future, but right now you're just hiding away from the world. Who needs people anyway?


What is your connection with darkness? (pics)
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Anne Rice
Anne Rice is writing your life. Go you goth girl,
go.


Which Author's Fiction are You?
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domingo, julho 24, 2005

Vou mudar meu nome para Aline.

Deuses, eu não presto. Deve ser a lua.

Preciso me lembrar que quando digo a alguém que irei me comportar, eu provavelmente NÃO vou me comportar. He.

terça-feira, julho 19, 2005

segunda-feira, julho 18, 2005

Querido Diário

Sexta I got a date. The date was good. Good beer, lots of talking, some kissing. There will be others, oh my. E eu estou amando isso.

Sábado. Ficar com uma preguiça fudida de levantar da cama por chegar em casa de madrugada. Fazer comprinhas. Ver se Gabriel quer ser escoteiro. Chegar com Gabriel à Anima Mundi às cinco da tarde. Esbarrar com o Josemar, a Andréia e o Bruninho (o outro afilhado do padrinho do Gabriel) na fila da oficina de Pixelation. Ser ATACADA pela Ana Marta no meio do CCBB, que pulou em cima de mim de surpresa e me fez dar um GRITO que fez metade do CCBB olhar pra nossa cara e o Gabriel gargalhar e repetir o episódio durante o resto do sábado e o domingo :/ Usar de muuuito cuspinho e boa vontade para ver a maior quantidade de sessões possíveis no sábado chegando aquela hora. Descobrir que o Gabriel tem um fator de convencimento para entrar nas sessões BEM MAIOR que o meu he. Babar na edição em inglês do sexto Harry Potter. Anotar mentalmente para baixá-lo no eMule. Chegar exausta em casa e ainda entrar na Internerd para baixar mp3 de Final Countdown do Europe pro Gabriel parar de encher o meu saco porque ele ouviu essa música no show da Eternal Flame e se apaixonou. Deitar na cama e sonhar com a noite de sexta.

Domingo. Ser obrigada a ouvir Final Countdown umas oito vezes antes de sair de casa. Chegar na Anima Mundi 12:20. Ver a primeira sessão às 12:30 graças ao poder de persuasão do Gabriel he. Vê-lo participar da oficina de Pixelation. Receber um telefonema fofo. Conseguir ingressos pra sessão de 15:00 na Praça Animada e esbarrar no padrinho do Gabriel (que não conseguiu ingresso). Ver Gabriel sair no meio da sessão pra beber água e voltar trazendo o padrinho pela mão para assistir a sessão (sim, o moleque é FODA!). Almoçar no restaurante do CCBB às 5 da tarde. Ver Alosha com Henrique (o padrinho do Gabriel) e Ana Marta (yay!). Descolar ingressos pra sessão premiação das 21hs com o pipoqueiro cambista (?!). Esbarrar com o Opiumseed e namorada e ouvir ela dizer fascinada que nunca viu uma mãe como eu enquanto eu rolava pelo tapete da entrada com o Gabriel fazendo cócegas nele e vice-versa. Ver a sessão de 21hs com Gabriel e Ana Marta. Desmaiar de exaustão na cama depois de ainda ler um pouco de 20.000 Léguas Submarinas pro Gabriel.
"Eu não valho a pena. Você vai achar alguém melhor"

Argh. Eu desprezo profundamente um homem que usa as frases acima para se justificar de algo. É de uma covardia extrema. Primeiro ele faz você se apaixonar por ele, por vaidade masculina ou seja lá que motivos esdrúxulos (até acreditar que realmente gosta de você). E depois, quando não sabe o que fazer com você, quando SABE que você está sofrendo/vai sofrer/já sofreu, usa essa desculpa para minimizar o estrago. É conveniente. Não tenho raiva, tenho pena. Deve ser foda querer ser tão bonzinho e manter sua auto-imagem intacta mas saber que no fundo no fundo está apenas sendo um POLTRÃO escroto. Você ver um homem que você já amou reduzido ao papelão de dizer "Não sofra por minha causa, eu não valho a pena" como um clichê ridículo pré-fabricado de novela das oito é de dar ânsia de vômito. É de cair em si na mesma hora. Um cara que apela para o "eu não valho a pena" não se respeita. E é melhor não respeitar caras que não se respeitam. TRAMPLE NELES QUE ELES GOSTAM!!!!!

quarta-feira, julho 13, 2005

Take the MIT Weblog Survey
Sexta-feira.

Chovia. Estava frio. Apenas uma amizade muito antiga poderia me fazer correr para pegar meu filho na escola e encarar um engarrafamento até São Gonçalo. Coisa assim de... Quase 25 anos de amizade. Por algo assim, tudo vale a pena.

Chegamos ao SESC. O evento fervia as gotas de chuva que ousavam tocar o lugar onde se homenageava o Rei Lagarto com vinho e poesia.

Let's swim to the moon, uh huh
Let's climb through the tide
It's our turn to try
Parked beside the ocean
On our moonlight drive...


E ela vem, sobe no palco. Um sobretudo encobre o segredo. O segredo se desnuda em Fogo. Fogosa ela é, por direito. Vestido amarelo e os ombros descobertos, a força de Iansã, vestida com as cores de Oxum. Ela vem, para não deixar pedra sobre pedra. E suas palavras hipnotizam a platéia. Ela brinca com eles, os leva para onde bem quer, rainha das fêmeas, majestosa, poderosa, única. Uma chama bruxuleante e brincalhona no meio de um evento normalmente regido pelas sombras baudelairianas mal iluminadas pelas velas da Taverna. Ela explode no palco e captura os corações ao seu redor, um a um, falando do que conhece melhor: SEXO. Quando tudo termina, as palmas explodem. Ela entrega o palco nas mãos do êmulo do Rei Lagarto.

The crystal ship is being filled.
A thousand girls. A thousand thrills.
A million ways to spend your time.
When we get back,
I'll drop a line...


Uma justa homenagem, tio Jim, a suas orgias báquicas no palco. Amém, Fogosa. Amém!

terça-feira, julho 12, 2005

Academic
You are Barbatine! You are well-read and love to
learn. You were gloomy in your youth and found
nothing you liked to taste, but you're older now,
and have an incisive sense of humour that
makes you and others smile.


Which Barbapapa Personality Are You?
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segunda-feira, julho 11, 2005

Secret

A + B = cutest couple ever!

...e os dois são meus amigos ;)
Prólogo

Sábado, oito horas da manhã. A festa julina da escola do Gabriel foi cancelada.
I.e. = Oba! Aproveitar o finde e ir pra FLIP!

- Alô, Pai do Gabriel? Você vai pegar o menino dez horas que nem combinamos?
- !$!@$! $!%@#% @$¨%@¨@$$¨sua @#$%@% @%@%@%@ %#%@¨# &$¨@ $@$@!!!!!
- Ok, então estou levando ele pra Paraty comigo.
- !@$@ %@%@#% @#%@% @%@#%@%@ #%@ %@%@% @@%@#%!!!
- Tchau.

*******

On the road

E é assim que começa. Ela, eu e ele (meu filho) vamos para a Rodoviária. Lá, descubro que esqueci a Certidão de Nascimento do molequinho em casa. @$%@#$@! digo eu. Volto em casa com o filhote só para pegar a bendita, Ela segue na frente. Nem demora tanto assim, estamos no ônibus, Gabriel repetindo sem parar que aquela era a primeira viagem dele, yay, e depois de meia hora, naturalmente, começou com "já estamos em Paraty? Quanto tempo falta pra chegar em Paraty? Aqui já é Paraty?" Normal.

I've got a secret for you

Meu celular toca anormalmente para um sábado à tarde. Parece que todo mundo lembrou de me ligar justo quando resolvo viajar. Só boas notícias, só pequenos segredos. Fiquei contente pelos envolvidos. Paremos por aqui :)

Quilômetros rodados

Chegamos lá, Ela nos esperando. Saímos da rodoviária direto pra FLIP. Descubro que devo dar razão ao Josemar (que um dia mostrou uma foto minha na web pros colegas de trabalho e descobriu que dois me conheciam e um já tinha até sido apaixonado por mim rs), pois eu vou pra Paraty, no rabo do Estado, cinco horas de viagem do Rio e a primeira coisa que descubro é que não tem apenas UM, mas DOIS ex meus na cidade. Um deles levando um CARRINHO DE BEBÊ. Bom, levando-se em conta que eu levava pela mão um menino de seis anos me chamando de mamãe, rs...

O homem-bomba e a mulher-cachaça

Paraty é... muito bonito. Lindo, mesmo. Quero voltar com calma. Há um Albergue da Juventude lindinho na cidade. A noite de sábado foi biritar batidinhas e cachaça e ver minha espousa beber até apagar no colo do Gabriel e vice-versa (ele apagou de cansaço mesmo, duh). Acho que poderia ter curtido mais a viagem SE Gabriel não tivesse adquirido uma nova fixação na praça da cidade: Bombinhas. O pequeno aprendiz de Bin Laden não quis saber de barraca de livros, stand da FLIP, off-FLIP, peça de teatro, teatro de bonecos, andar a cavalo, passear de barco nem dar uma volta na praia. Trocou tudo por um pack de bombinhas e ficar correndo atrás da molecada na praça. Eu me senti meio como aquela mãe que dá um puta brinquedo eletrônico cheio de brica-braques, luzes e controle remoto pro filho e vê ele preferir brincar com a CAIXA em que veio o brinquedo :/

Dream a little dream mon amour

E eu não posso evitar de pensar, de lembrar, de tentar capturar um traço que seja, um cheiro, um pouco, qualquer coisa que fosse, dele. Ele esteve no Brasil. Ele esteve em Paraty. Mas as ruas não têm seu cheiro, ou a culpa é minha mesma, que não conheço o perfume da sua pele? Como é estranho pensar em pisar naquelas ruas sem sequer saber se foi por elas que Ele andou. Mas não há nada, nada. A chuva, o tempo, o que foi que lavou seus rastros do ar? E o que eu não daria para estar ao lado dele naqueles instantes... Quando a noite veio, no entanto, ele também veio, em meus sonhos. Dormimos abraçados, como dissemos tantas vezes que faríamos. E na manhã de domingo, quando acordei em Paraty ao lado do meu filho, o frio deu lugar ao sol e por alguns momentos, à tarde naquela praça vendo o moleque brincar, tomando sorvete e andando pelas ruas à procura de um presente para o velho Leão, eu até esqueci que estou doente e triste. Dentre MINHAS nuvens de chuva, Paraty me trouxe um raio de sol, afinal.

terça-feira, julho 05, 2005

Sexta

Loud! com Mr. Bond e show dos Autoramas.

Sábado

DDK com Devil of Tequila e show do Projeto Mobius.

Domingo

Encontro de motociclistas com o padrinho do Gabriel e show da Eternal Flame.

Segunda

Acordo de manhã me sentindo bem apenas para descobrir que minha sanidade resolveu fugir pela tangente. Talvez a loucura tenha ciúmes da felicidade. Um lembrete amargo da minha realidade. Mas se tem alguma coisa que eu sou, é mais teimosa do que essa doença. Eu sobrevivi. Mais uma vez.

Aí de noite eu ligo o foda-se e vou com doña Anfetalila ver o Batman, très bon. "Seu Exu espanta-bandido" é sem dúvida nenhuma o melhor de todos os "filmes de Batman" feitos até hoje. Agora vou ali tomar meu remédio pra dormir e rezar para acordar melhor amanhã. Mais uma vez.

sexta-feira, julho 01, 2005

Dez anos atrás...

Era sábado. Eu fui até Alcântara comprar flores e frutas para a cesta que ofereceríamos a Buda. Sem ensaio prévio, não sabíamos direito como seria a cerimônia. O templo em Santa Teresa, será que as pessoas conseguiriam chegar lá? Decidi que não haveria festa depois, apenas um chá na saída do casamento. A essa hora a cesta estava pronta, o vestido de noiva passado, a coroa de flores do meu cabelo pronta. So weird. Eu ia me casar no dia seguinte. Tinha 19 anos e não sabia como deveria me sentir. Achava que deveria me sentir nas nuvens, estonteantemente feliz, deslumbrada, nervosa. Eu estava calma e estranhamente triste. E no dia seguinte permaneci triste, inclusive durante toda a cerimônia. Eu não conseguia entender porque. Hoje eu entendo perfeitamente.

Dez anos depois, eu passo a tarde toda teclando com um garoto no MSN. Ele tem 19 anos. Eu já tive 19 anos, e uma vida inteira começando pela frente. Há dez anos atrás.

quinta-feira, junho 30, 2005

Então o Shadow morreu. O hamster companheiro da falecida Coraline, casal sucessor de Hertz e Neo.

Gabriel até que aceitou bem a morte do Shadow. Levei ele na loja de animais, e ao invés de comprar hamsters chineses ele preferiu levar um casal de topolinos. Que são os ratos mais pequeninos, fodamente espertos e legais que já adentraram nossa casa. Eles são mansos, não mordem, uns doces. Gabriel os batizou Alberta e Luís.

Aí... Aí os ratos fugiram da gaiola. E desapareceram atrás do armário do Gabriel. Durante uma semana e meia, mais ou menos. Às vezes achávamos eles, prendíamos na gaiola de novo e os aprendizes de Houdini fugiam misteriosamente... de novo! E de novo, de novo...

Eis que anteontem Gabriel chegou da escola em casa e GRITOU por mim porque havia filhotinhos de rato em cima do seu cesto de brinquedos e ele achava que havia deixado cair alguns dentro do cesto. Descobrimos que a Alberta pariu na MEIA DE FUTEBOL do Gabriel e fez um ninho na minha BOINA FRANCESA.

E em quinze dias temos seis ratos. Gabriel não quer dar nem vender. Fico pensando em quantos meses vou ter de batizar o quarto dele de Hammelin.

sábado, junho 25, 2005

Testando

testando, 1, 2, 3...

Nah. No fundo no fundo tudo isso é só um teste que faço comigo mesma na esperança que um dia alguém me mostre que pode ser diferente.


I'm a believer.
Todo o resto é charme. E esquizofrenia.
Consegui uma paz estranha à custa de abdicar de muitas coisas. Há anos não me permito amar alguém. Matei com determinação os poucos germes de paixão que insistiram em brotar no terreno baldio do meu peito e até que foi fácil. Eu não procurei: amor, paixão, tesão, homens, mulheres. Eles me procuraram, uma ou duas vezes. Dei o que cada um queria, embora não tenha dado o que esperavam. E de mim, qualquer parte que fosse, nunca mais dei nada a ninguém. Um controle frio e absoluto sobre cada aspecto. Uma determinação forte demais de nunca deixar acontecer de novo. Eu ando pelo mundo todos os dias. Interajo, falo, até rio. Mas você nunca vai saber, nunca vai enxergar, a não ser que olhe por tempo suficiente dentro dos meus olhos, o quão me fechei para qualquer coisa ao meu redor. Você não vai olhar porque você não se interessa por isso. E mesmo se você tentasse, se começasse a intuir a verdade, eu me retrairia.

Poucas pessoas até hoje começaram sequer a entender porque dentro do meu olhar existe tanta tristeza, a maior parte do tempo oculta em algum canto, mas eternamente existente. É porque fizeram as perguntas certas do jeito errado, ou as perguntas erradas mesmo. A incapacidade de sair de si mesmo e tentar enxergar com os olhos do outro é comum demais por estes dias. Eu? Eu silenciosamente observo e aprendo como você é, como você sente, o que você sente e até que segredos você esconde, sabendo que você não pode fazer o mesmo por mim. Você não me mentende e me julga por seus própros parâmetros que raramente se aplicam a mim. Se às vezes eu me submeto, é por curiosidade de saber até onde isso pode ir ou por pena, mesmo. Ou apenas para constatar que a história sempre se encaminha e sempre termina do mesmo jeito. Tudo previsível.

Penso duas ou três vezes em interagir com o mundo lá fora. Existe um lugar dentro da mente das pessoas, fora delas, qualquer coisa que não seja mais do mesmo? Qualquer coisa que eu não tenha visto antes? Qualquer coisa que se sinta, com tantos sentimentos deve ter algum que sirva? Eu nunca sei se vivi demais ou se apenas estou entediada demais ou se ando nos últimos anos apenas pelos lugares errados. Se for isso, onde está o lugar certo? E nesse lugar existirá alguém para me dizer que meu tédio está errado e que existe algo além de mais do mesmo e outros tipos de paz além da paz do eremita? Um lugar onde meu autismo seja desnecessário, onde eu esteja à vontade fora da solidão que criei ao meu redor e que hoje abandono raramente, porque estar só comigo mesma, mesmo que perturbada por lembranças ocasionais de amores, tesões, paixões, sentimentos e mágos passados, é o que mais amo e mais desejo neste momento? Bah. No creo. Estou apenas brincando comigo mesma.

quinta-feira, junho 23, 2005

Todo dia eles fazem tudo sempre igual...

*******@hotmail.com diz:
oi

*******@hotmail.com diz:
quer me ver

Erlainn of the Yule time diz:
como assim?

*******@hotmail.com diz:
na cam

Erlainn of the Yule time diz:
O conceito "estou no trabalho" te diz alguma coisa?

*******@hotmail.com diz:
nossa

Erlainn of the Yule time diz:
Escreva "eu não vou abordar mulheres me oferecendo na web cam às 4 da tarde" no quadro negro cem vezes

*******@hotmail.com diz:
desculpe

Erlainn of the Yule time diz:
Depois tente fazer isso no meio da rua para ver se alguém chama a polícia he

*******@hotmail.com diz:
ok

*******@hotmail.com diz:
pode deixar

terça-feira, junho 21, 2005

Sinto falta de dançar com Shiva e beber com Dionísio. Mas eles não andam com garotas lloronas e no momento eu sou uma delas.

Continuo tomando minhas 50mg diárias de Sertralina e tentando me convencer de que devo contnuar viva mais um dia. E enquanto isso no Orkut gente sem noção continua me adicionando enquanto canta Caetano (você é leeenda).

Eu quero uma revolução já. Com fritas, por favor.

quarta-feira, junho 15, 2005

Três caballeros.

O primeiro mentiu. Surpresa falsa, presente de grego, dor ainda por acontecer. Saber que você joga tão baixo assim faz muito mais fácil lembrar de te esquecer. E desentenrrar aquela velha macvmba que eu guardei só pra você. You should know better than trusting in witches, boy. Espero que você tenha uns dias realmente muito interessantes, moço. Estou trabalhando para isso.

O segundo tinha uma razão. Mas estou cansada demais para perdoar uma ausência, e por ter me permitido tornar sua presença em minha vida importante de novo a ponto de precisar dele quando comecei a ficar doente. Eu preciso aprender a só ser. Levando-se em conta que a cada dia confirmo mais e mais o quão só posso contar comigo mesma, isso não deveria ser difícil.

O terceiro fez aniversário e eu sequer pude dar os parabéns ao telefone, mas disse que se eu melhorasse seria seu melhor presente. Fquei devendo, infelizmente. Porque estou com febre há dias e um siso me torturando desde sábado que resolveu fazer toda a região do meu ouvido à minha garganta se inflamar e inchar enquanto a próxima consulta à dentista não vem (sim, todos os meus médicos são mulheres).

E eu sei porque quase qualquer coisa que me acontece me deixa doente, meu sistema imunológico está no dedão do pé esquerdo (aquele com a unha encravada, he), é o câncer na alma se refletindo no corpo, so fragile, si fragile, quase todos os dias febre, pressão baixa, dor de cabeça e um problema novo. É meio como fazer quimioterapia, você se mata em parte para não morrer de todo. Pelo menos meu cabelo não cai mais do que sempre caiu... E pelo menos no trabalho já sabem quão mal eu estou. O que, de certa forma, é um alívio.

segunda-feira, junho 13, 2005

Tudo passa, tudo passará diz tio Renato.

Eu? Eu passarinho.
Five days.

And I know that the world doesn't spin around me. I know too well. I cried for help and the answer was silence. Now I feel odd, almost ashamed, my pride bruised, I should have known. I don't trust anyone, you wave you pretty blue eyes to me and I forget all about why I wear these scars and the past years. I have a word for you, and it's not the one you use to call yourself when you think about us, it rolls in my tongue and my brain time and time again but I know that spill it in your face would crush you and hurt you in a way I don't want (even if it doesn't help ME to know the truth and carry this burden but I'm used to suffering). Your silence is my clue about things like now and then and she or me. You made your choice. You played a little with my loneliness and my feelings for the sake of past times but your present and your future are well chosen and there's no space in your life for me. I have lived this situation so many times before that it shouldn't hurt anymore. In fact, it doesn't. What hurts, lover, sweetheart, angel, is it being YOU.

Now please be a nice guy, tell her that you love her and forget all your petty illusions about me. Oh, right, and keep disappeared.

sexta-feira, junho 10, 2005

Numa realidade alternativa qualquer eu voltaria para a casa dos meus pais e conseguiria sair da merda em, digamos, seis meses...

Eu faria vestibular para a ESDI. Eu faria o curso da Fábrica de Quadrinhos. O colégio do Gabriel não seria em período integral. Eu me alimentaria direito. Eu teria pelo menos umas 3 crises nervosas por conta da minha mãe por mês. Mas eu pelo menos estaria evoluindo.

Nesta realidade aqui me esperam o hospital ou o sanatório, em breve, muuuito breve. Talvez não, se o tratamento fizer efeito. Mas de qualquer jeito, não posso fazer nada que consta no parágrafo acima. Não estou indo para cima, só para baixo. E não tenho para onde voltar.
Surpresa.

E eu pensei que nada mais poderia me machucar. Estirada numa cama durante um dia inteiro pensando que nada pode ser pior do que estar viva vivendo desse jeito. Agora acho que o pior que posso fazer é dar razão à forma como eu estava pensando ontem. Não, não há um maldito motivo para viver uma porra de dia atrás do outro, além de covardia e excesso de responsabilidade. E uma esperança vaga, tão concreta como qualquer outra fantasia, de que em algum dia em algum lugar eu possa me sentir diferente.

Eu pensei que pessoas mortas não poderiam mais se ferir. Exceto talvez pelo cadáver que arrasto comigo. É, eu senti esse golpe. Eu sempre soube que este dia viria. Eu quero beber dessa taça amarga até o fim. Vou esmiuçar cada faceta dessa tristeza, ela é minha, só minha essa dor. Não sei se é melhor continuar anestesiada pelos dias que passam, o tempo cura tudo, o tempo criou crostas nas minhas feridas mas o sangue estagnado ainda flui fresco se você puxar com suas unhas... e eu não gosto de pensar que tanto tempo se passou e que merda, que bosta, não cicatrizou ainda? Estou tão cansada de tudo isso...

Viver para que? Para confirmar as certezas que me ferem ou tentar fingir que elas não existem e viver uma vida de superficialidades?

I hope you enjoy. Não pude ser blasé e fingir que não me importo. É, eu me importo sim. Não, eu não mudei nada. Mas você sabia como seria, não? Eu estou sofrendo. É problema meu. Daqui a pouco eu te esqueço de novo.

quarta-feira, junho 08, 2005

... E é loucura, é inevitável, é na alma e não no corpo, e é sua voz no meu ouvido, ta voix dans mon oreille, os suspiros e gemidos, nós de novo, aqui, sempre longe, sempre perto, sempre misturados um dentro do outro, nossas fantasias tolas, nossa vontade agora proibida, apenas amigos, mas que amigos qual o quê querido se é a tua voz sussurrando no meu ouvido e as minhas mãos percorrendo teu corpo inteiro e o fogo, ah o fogo vai me consumir inteira... Se é meu sol e tua lua, se era para ser e ainda não foi, que sei eu além de que hoje eu acordei e os ecos da tua voz ainda estão no meu ouvido, a lembrança dos teus e dos meus gemidos, o calor misturado ao frio, ta voix, ta voix, ta voix oui, oui, a me pènetrer entière, un coup dans mon âme, parem o mundo que eu quero descer, pare com isso que eu quero de novo, mais uma vez, será que você sabe como fazer comigo daquele jeito que eu gosto? Parfois... E eu aqui considero déjà fait.

Eu poderia percorrer todos os detalhes mas tudo se mistura agora na minha mente, e a febre permanece, assim como o calor entre minhas pernas. Eu estava adormecida e você me despertou e agora o que eu faço com meu corpo so aware, so aware of you... E eu só quero mais um pouco, mais uma vez, talvez, enquanto inevitavelmente a vida nos leva um para o outro apenas para que fujamos novamente um do outro... Far away so close still.

domingo, junho 05, 2005

Deuses, como eu sinto a falta DELE.

Ele dos longos cabelos negros sempre no meio do meu caminho.

Ele dos olhos azuis e promessas não cumpridas.

Ele que eu nunca consegui verdadeiramente deixar de amar por mais que eu tente.

E às vezes de outros mais.
Inspira. Respira. É assim que tudo começa. É assim que a noite termina. Com um beijo.

Mais uma dose? É claro que eu tou a fim. Do you want some gin, Jim?

O tédio é o tédio é o tédio é o tédio. "Sempre mais do mesmo. Não era isso o que você queria ouvir? Mas não adianta me explicar com tanta determinação exatamente o que eu penso como sinto e como sou, eu realmente nem sabia que eu pensava assim..."

How does it feel when you're on your own? Hey, someone left a soul in my kitchen. Unhappy girl, left all alone, playing solitaire, you are locked in a prison of your own device and you can't see what it does to me to see you crying...

Para algumas coisas ele serviu. Black messiah. Falta de porrada, talvez.

E se eu pudesse iria para minha floresta e passaria lá uma semana vivendo monasticamente, acompanhada talvez de umas boteilles de bon vin, qqs cigarettes e lápis aquareláveis. Mas gostei de ter visto pessoas adoradas, e achar graça de coisas que minha intuição gritava, e perceber que pouco ou nada me surpreende. Mas eu gostaria. De ser surpreendida. Um pouquinho só. Mas não hoje, hoje chega, quero ficar aqui com meu cigarro e meu copo vazio. E daqui a pouco me partir ao meio, me destacar de mim mesma e ir procurar o abraço carinhoso e a empolgação do meu filho.

De novo, Tio Renato? Haja o que houver meu filho estará esperando por mim.

sábado, junho 04, 2005

Um sopro de esperança na vida dos meus amigos e eu penso que de repente, um dia, poderia acontecer comigo.

Nah. Estou velha e descrente demais para essas coisas mas feliz por eles. Acho que me tornei meio voyeur da felicidade alheia. Uma velhinha de 80 anos no corpo de uma pré-balzaquiana... Pensando "um dia eu vivi isso" mas no más.

argh. Preciso de uma taça de vinho e um pouco de luar. Now to get out and dance.

Hemingway's the best drink!!!

quarta-feira, maio 25, 2005

Oh sim

The not so bad news

Eu e Gabriel vamos viajar com Leelah e Nanda para Parati no feriado. É a primeira vez em anos que eu viajo para qualquer lugar que seja e o conceito de "ir para algum lugar descansar e me divertir" me é tão estranho e bizarro que nem lembro mais como fazer isso, mas vou tentar.

Gabriel é tão viciado em House of the Dead que os vendedores de ficha do shopping já conhecem ele pelo nome. Hoje ele pediu um daqueles arcos com faca embutida pro vendedor e ele simplesmente deu para ele. Também, com nossa frequência lá... Você não tem idéia do que é ver ele fazendo dever de casa usando aquela faca na cabeça... D-e-u-s-e-s, meu filho é o Chainsaw!

Quebrei minha rotina e fui ao Downtown (eca, Barra da Tijuca) para o primeiro encontro carioca da lista Ilustrasite. Desenhista é tudo igual, só muda o nome, o estilo do desenho e o nome das malas que perguntam por cima do seu ombro "que maneiro! Foi você mesmo que fez?" Não lembro de ter me divertido tanto nos últimos meses.

terça-feira, maio 24, 2005

I had this little dream of you...

Funny how things are. Some years ago, there would be light shining in my eyes only by hearing his voice on the phone. It was magic. It was as sweet as honey. It was four years ago.

Today... Today, much water has passed under the bridge. I have loved and suffered and been beaten by life and met better people and sometimes worse too. Dunno if my parameters became higher or if just I learned to see life with a different kind of vision. But my shining diamond looks like a common piece of glass these days. It's kind of sad, tastes of innocence lost - something broke up and evaporated, like the last drops of a precious perfume you keep hidden in your drawer and someday discover it cleft and dry.

I feel strange and shocked with myself to acknowledge that something I would give so much for before makes no difference at all right here, right now. Time passed by. Like the music. All of them, you know... All of them.
A little bit of this a little bit of that...

Meu emprego continua ruim. As dívidas no banco aumentam enquanto você lê isso. Mas uma amiga me deu uma esperança no fim do túnel e se EU continuar ruim já sei o que fazer.

Andei vacilando com um grande amigo por conta desta doença e não sei explicar a ele como me sinto. Na verdade nem sei quantas pessoas estou deixando preocupadas, mas a verdade é que eu apenas deixei de fingir que estava bem quando na verdade estou assim há quase dois anos, e estive assim antes. *MAS* eu estou me cuidando (ou pelo menos tentando), tentando ter paciência comigo mesma e tentando melhorar. E sou teimosa o suficiente para conseguir sair dessa, nem que seja para melhor (he).

Entendi algo sobre a carta da Torre que insiste em sair toda vez que jogo. É necessário que um monte de coisa que veio sendo construída errada ao longo dos anos venha abaixo para que com as sobras algo novo possa ser erguido. Meus parâmetros para muitas coisas estão mudando lentamente.

sexta-feira, maio 20, 2005

EU

- Estou muito chata.

- Estou muito gripada (todo mundo lá em casa está. Hell).

- Não consegui trabalhar o dia todo por conta da gripe e estou ferrada com prazos na segunda-feira quando os donos da empresa retornam de Cannes. (Ah, é... Essa é a empresa que não está pagando meu salário em dia...)

- Estou fazendo da incapacidade de almoçar um estilo de vida.

- Consegui ter uma discussão significativa com o funcionário do DP da empresa durante o cafézinho sobre religião e dogmas (e isso foi a coisa mais produtiva do meu dia de trabalho).

- Não vou na DDK, não vou na Bienal, não tenho dinheiro pra sair de casa e isso me dá vontade de chorar. E agora estou me sentindo fútil também.

quinta-feira, maio 19, 2005

Na última semana eu vi o Guia do Mochileiro das Galáxias e Sin City no trabalho.

Esta semana vi Star Wars Episódio III na inauguração do Unibanco Arteplex com a Lia e Casa de Areia ontem com a Lila.

Nada mal para quem não lembra direito da última vez que saiu de casa para fazer algo que não fosse levar o filho pra escola...

domingo, maio 15, 2005

Sertralina Blues

Uma pílula, duas pílulas.

Tremores nas mãos. Febre. Ânsia de vômito.

Três pílulas, quatro pílulas.

Tremores no corpo. Cólica. Confusão mental.

Cinco pílulas, seis pílulas.

Febre. Sonolência. Muito frio.

Sete pílulas, oito pílulas.

Às vezes percebo que digitei frases inteiras ininteligíveis. Penso uma coisa e escrevo outra. Estou esquecendo como escrever? Não sei que tipo de pessoa estou sendo nos MSN da vida. Mas não eu mesma. E estou cansada de ser outra pessoa. Quero um omni. Um pequeno milagre. Uma mudança radical. Expurgar a loucura, morrer, começar tudo de novo em uma nova vida. Cansei de agonizar.

Nove pílulas, dez pílulas...

sexta-feira, maio 13, 2005

Em algum lugar deve existir ajuda.
Em algum lugar deve existir um jeito.
Em algum lugar eu vou conseguir respirar.
Em algum lugar eu vou conseguir descansar.
Em algum lugar eu vou conseguir recomeçar.
Em algum lugar deve existir um abraço apertado e reconfortante.
Em algum lugar agora está quente e aqui está tão frio...

Eu não quero estar aqui. Eu não sei para onde ir.

Somewhere?

domingo, maio 08, 2005

Esperança?

Perdi tantas coisas a minha vida inteira. Minha segurança. Confiança. Fé em mim mesma. Amigos. Paixões. Dois filhos. Minha própria sanidade algumas vezes. Virei estatística mais de uma vez. Perdi boa parte da minha ingenuidade e inocência. E a maior parte do tempo, oscilo entre um estado de desilusão total com a vida e um resquício teimoso de esperança. Eu me sinto velha e cansada demais para prosseguir. Percebi que todas as coisas que eu "gostaria" um dia estão longe demais da realidade. Eu "gostaria" de ter uma filha, "gostaria" de casar de novo, "gostaria" de ser dona do meu próprio apartamento, "gostaria" de daqui a oito anos viajar pra França para fazer pós-graduação em Design. Gostaria.

No momento eu gostaria apenas de tirar minha conta do banco do negativo e mantê-la com saldo positivo, encerrar minha dolorosa luta diária para sair da cama e conseguir cumprir minha rotina diária sem me sentir exaurida por ela, aceitar a mediocridade do meu dia a dia, lutar pra mostrar no meu emprego que tenho valor o suficiente para mantê-lo. Gostaria de lobotomizar meus pequenos sonhos impossíveis. E gostaria desesperadamente de acreditar que algum dia algo mágico e especial vai acontecer e eu terei uma vida normal.

Nos arquivos desse blog tem uma pessoa tão mais interessante do que a pessoa que eu sou hoje... Sinto falta de mim mesma às vezes.

quarta-feira, abril 27, 2005

Dividida.

Um lugar onde adoro estar. Contas demais a pagar. Preciso ir adiante. Mas não sei para onde ir!

Eu não sei o que quero fazer da minha vida agora. Sei apenas que preciso de $$$. Um atraso progressivo de pagamento de salário não ajuda a pagar minhas dívidas. Preciso de freelancers o suficiente para não deixar situações pendentes que justifiquem tendências suicidas num futuro próximo. Se a depressão deixar, claro.

De qualquer forma, here we go again. CDs de backup dos trabalhos interessantes, uma lista de todas as atribuições dentro da empresa e todos os cases interessantes, backup da agenda de contatos. Desenferrujar todo aquele conhecimento de softwares que não eram necessários no trabalho atual. Me preparar para o que vai acontecer se o salário começar atrasando em progressão geométrica ao invés de aritmética. Claro que eu não quero ir. Eu amo o meu trabalho. O problema é que eu não amo as minhas dívidas no banco e a incerteza de não saber se vou receber meu salário em dia. Mas... o que eu quero fazer da minha vida agora? Para onde quero levar minha carreira? Não tenho mais idade nem saco de pegar qualquer trabalho por uma questão de sobrevivência. Tenho quase 30 anos e gastei todo um saco cheio de ser explorada nos primeiros seis anos da minha vida profissional. E será que eu tenho uma carreira para levar adiante afinal?

sexta-feira, abril 22, 2005

SIM, eu estou jogando papéis fora. Como você adivinhou? :P
Vida é aquilo que me acontece nos intervalos da depressão

Pequena coletânea de textos que deveriam ter sido postados no blog... Escritos randomicamente em 2004 e 2005, tirados do meu diário de folhas soltas, antes e depois da mudança de apartamento.

"Garoa fininho em Niterói. Estou um pouco atrasada. As gotas finas umedecem meus cabelos, meus passos apressados, meus pensamentos sempre em outro lugar. Garoa sempre me dá saudades de São Paulo. E de repente eu lembro. Niterói, outro momento. No começo, as primeiras vezes, era sempre com chuva. As gotas finas caindo sobre minha pele, salpicadas nos meus cílios, todo o meu corpo adivinhando, no frescor da grama nas minhas costas, o calor do corpo gostoso que se deitaria sobre o meu. Ele era nada mais nada menos que um anjo sujo. Seus cabelos cacheados, os olhos muito azuis por trás dos óculos, uma criança crescida, com barba por fazer. Muito magro. Muito jovem, e eu era mais jovem ainda do que ele... "

"Futuros possíveis

Você vem a mim, meu adorável completo estranho desconhecido. Você se apaixona pelo meu jeito exótico, minha alma sensível e minha liberdade.
Você me ama segundo tua imagem e semelhança e me compreende apenas em parte. Eu te vejo por inteiro e aprendo a compreender e amar cada defeito, limitação e qualidade. Você tece seus castelos e espera que eu os habite. Eles são belos, e foram suas mãos adoradas que os ergueram, eu te acompanho e percorro junto a você cada cômodo. Sei que os castelos são frágeis, sei que pisar nesse chão será o primeiro passo para a queda, mas você ESPERA que eu partilhe do seu castelo, você ergueu ele para mim e você acredita que eles sejam sólidos... Eu entro. Você enjoa de sua bolha de sabão em breve, ou acha que eu não combino bem com a decoração. "


"La bonne tempête

... E eu sou pega de surpresa e furtada à minha rotina pelos pingos grossos e mornos da chuva de verão em pleno começo de novembro, terceiro dia do horário de verão, e me vejo obrigada a me refugiar na Biblioteca Nacional para proteger Tolstói da chuva - não fosse por ele, não fosse por Ana eu talvez me deixasse lavar e purificar nesta chuva morna de pingos grossos, estou tão precisada de um pequeno milagre, meu corpo suado, a roupa colando no corpo depois de um dia intenso de trabalho numa sala quente sem janelas nem ar condicionado. Não é dia nem noite ainda, nesses momentos misteriosos em que ainda há luz por trás das nuvens, mas os prédios e postes já acenderam suas luzes. Eu olho para cima e continuo extasiada como no segundo em que sentei aqui - a tempestade é bela, os raios poderosos, a visão deslumbrante... e a pausa no cotidiano se transforma tranquilamente numa prece de agradecimento por estar viva neste momento, por simplesmente poder contemplar com serenidade essa beleza impetuosa enquanto na praça as pessoas correm apressadas com seus guarda-chuvas e a meu lado outros fugitivos da tempestade fumam seus cigarros, impacientes, esperando a chuva estiar."

"Uma vida marcada por NÃO viver, a minha. La folie, toujours. Eu ainda sonho com sightings improváveis. Acho que minha loucura preenche o vazio com fantasias. É provavelmente o pouco que me sobra para conseguir alguns lapsos de razão."

"Amor louco, amor fati, amor sem sentido. Inútil, desesperado. Na penumbra, na escuridão teus olhos brilham como estrelas. Você é a imagem que teci de ti em meus devaneios. Eu criei e alimentei esta imagem com teu rosto e meu desejo para me proteger do vazio. É preciso curar a loucura com uma dose controlada da mesma loucura. Eu costumava dividir os escritores em dois tipos: os que se alimentavam do seu mundo interior e os que se alimentavam do mundo exterior. Eu odiava descobrir registrados no papel detalhes íntimos, gestos, pequenas confissões... e eis que me pego me alimentando do teu mistério para me curar."

"Oi, tudo bem? Preciso de um amigo, pode ser você? Não, não quero nada demais. Só alguém pra me escutar um pouquinho. Pode ser? Legal.
Ter um blog sem comentários é meio como que falar sozinho com as paredes (não, eu não espero que as paredes me respondam...)
Tomei a decisão de deixar muitas coisas para trás quando mudar de casa. Quero comprar tudo novo e tirar aquele ar de casa montada com móveis emprestados... E notei, com um certo orgulho, que sinto como se tivesse me ocultado num casulo de coisas velhas e seguras e agora posso rompê-lo, mais do que posso, preciso, tenho urgência disso, de me RENOVAR."

"Que loucura... Quando paro para pensar nos efeitos da informática em minha vida e como pouco mais de quatro anos foram capazes de tornar obsoleta toda uma estrutura que venho carregando há tempos comigo de casa para casa... Minha coleção de "Informática Etc" de 97 (Microsoft entra de cabeça na discussão sobre a propriedade do java, he) está irremediavelmente obsoleta. O "Planeta Globo" de abril de 95 anuncia "Senhor dos Anéis" em RPG. Tenho todo tipo de matéria de jornal bizarra, coleção de Rio Fanzine, tirinhas do Calvin, Garfield e Laerte, Zine do JB e trocentos quilos de recortes de revistas e jornais para referências de design de anúncios e, pior, referência fotográfica para desenhos e hqs! A que esses recortes se prestam quando posso entrar na Internerd hoje e buscar num banco de imagens pela referência que estou procurando ou simplesmente pegar minha câmera digital e pedir a alguém to "strike a pose" para ter o que preciso?? E o que eu faço com meu estoque de papel canson A4, A3 e A2 se eu tenho um tablet?! Eu tenho mesmo a ilusão de que terei ainda paciência para um dia preencher todas estas folhas em branco sabendo que o futuro é digital? A 2 centavos o quilo no ferro-velho da esquina, o computador fará com que meu estoque de papéis não valha sequer um real... Se minha gana de criar permanece, o suporte por sua vez mudou radicalmente. A arte cai bem no virtual, o mundo platônico ideal desliza suave no suporte digital. Mas tergiverso... e a verdade é que não consegui "deletar" meus recortes de jornais e revistas obsoletos: pretendo dar a eles um réquiem apropriado. Sujar a mão de tinta e poeira, lê-los, absorvê-los e descartá-los. Resistir à tentação de que algo ali pode ser útil um dia. Minhas fotos e referências não encheriam um CD. Minhas tirinhas do Calvin eu baixo no Kazaa... E fora brincar de túnel do tempo e lembrar o que se fazia pra se divertir ou o que rolava no mundo da informática dez anos atrás pra que continuar guardando tanto jornal velho?"

"Descongelando a geladeira hoje descobri o que acontece quando você esquece uma caixa de leite aberta um mês e meio na geladeira: ele vira uma substância branca e viscosa muito semelhante à criatura daquele filme, "A Coisa"... Estava vendo a hora em que aquele negócio pegajoso se acumulando no fundo da privada ia se levantar e pular no meu rosto... Hmm... Pensando bem, eu deveria tê-lo guardado na caixa e depois que me mudasse soltaria ele em cima dos vizinhos! Ou como uma bomba aérea sobre a maldita igreja crente embaixo da minha janela! Droga... agora já foi :( "

"Embora eu esteja mudando pra melhor, que sensação de vazio e tristeza trazem essas paredes nuas, que pontada no coração cada móvel desmontado e esvaziado... Passei tempo demais aqui, amei demais entre essas paredes... Trouxe minha personalidade sobre cada parte..."

"Síndrome de Michael Jackson?!

Alguém me explica essa. Meu gato não ficou com nenhuma seqüela, sequer um arranhão daquele infeliz episódio a não ser... um pequeno ponto falhado na orelha esquerda, onde os pêlos pareciam ter sido raspados, na lateral direita próximo ao olho dele. Tem mais de um mês isso, eu já fiquei preocupada e intrigada porque os pêlos não nasciam logo, será que a ferida matou a raiz dos pêlos, será que é micose, que remédio eu uso, levo no veterinário? Meu gato tem o pêlo preto e sedoso nas pontas, com uma pelugem castanha fosca na base e não tem uma mancha sequer em parte alguma do corpo, o que faz dele um belo gato preto cujo pêlo tem um brilho castanho. Até aí tudo bem. Só que hoje, do alto da minha miopia, fui checar o "status" da tal falha de perto e descobri que nasceram pêlos ali... todos BRANCOS. Eu tenho um gato preto com uma "mecha" de pêlos brancos na base da orelha! Bateu uma curiosidade bizarra de saber se eu raspasse o outro l,ado pra ficar simétrico, se os pêlos nasceriam
brancos também... Nããã... Deixa pra lá. "

segunda-feira, abril 18, 2005

Thievery Corporation - This Strange Effect (Hooverphonic)

You've got this strange effect on me
And I like it

You've got this strange effect on me
And I like it

You make my world in white
You make my darkness bright, oh yes
You've got this strange effect on me
And I like it

And I like the way you kiss me
Don't know if I should
But this feeling it's love and I know it
That's why I feel good

You've got this strange effect on me
And I like it

You've got this strange effect on me
And I like it

You've got this strange effect on me
And I like it

You've got this strange effect on me
And I like it

You make my world in white
You make my darkness bright, oh yes
You've got this strange effect on me
And I like it

And I like the way you kiss me
Don't know if I should
But this feeling it's love and I know it
That's why I feel good

You've got this strange effect on me
And I like it

You've got this strange effect on me
And I like it

You've got this strange effect on me
And I like it, and I like it


******
No, there's no hope for me. There's no one and nothing na linha do horizonte. Estou há tempo demais na trilha do desespero, da depressão, do trauma com a vida para sentir qualquer coisa que não seja cansaço e tristeza. Mas essa música é tão gostosinha, tão bonitinha, tão fácil e ingênua e fofa que me faz lembrar de quando eu ainda acreditava que poderia descansar um pouco ao lado de alguém, cicatrizar as feridas e desabrochar. Aquela época em que eu cantava After Hours do Velvet Underground a plenos pulmões e realmente acreditava no que estava cantando.

terça-feira, abril 12, 2005

Ser criado com uma mãe que ouve todas as variações possíveis de rock, do progressivo ao metal chegando ao gótico só poderia dar nisso.

Gabriel ontem no dever da escola:

"Faça uma frase com as palavras "papai" e "cuca"

Gabriel escreve:

"O papai é rico"
"A Cuca é uma emo."

E eu pra explicar pra professora porque meu filho usa gírias como emo, poser e loser?

Nota mental: faltou ensinar ele a usar wannabe. He.
Nhé. Estimulantes não fazem efeito comigo. Eu me odeio profundamente. Drinks energéticos não fazem efeito. Cápsulas de guaraná não fazem efeito. Café em doses cavalares não faz efeito. Coca-cola de balde não faz efeito (no máximo me atacam a gastrite). Anfetaminas não fazem efeito. Sabe o que é ver uma pessoa ficar ligada 3 dias com *uma* cápsula de guaraná da qual você toma OITO para obter um leve efeito que passa logo? E ter de tomar três, quatro anestesias no dentista porque a droga da anestesia demora a pegar e passa no meio do tratamento de canal?

Pois é. There's NO easy relief to my tiredness. No easy cure to my pains. Merde.

segunda-feira, abril 11, 2005

A história do miojo assassino

Pois é, hoje eu faltei o trabalho por causa de uma gripe. Deveria descansar, mas mãe é mãe e toca a fazer um miojo pro filho antes de levar para a escola (pensando em descansar enquanto ele estava na escola). Acontece que meu flho é teimoso. Muito teimoso. E cismou de me desobedecer e ir comer o bendito miojo na sala. Naturalmente ele derramou tudo no chão do corredor. Eu fui limpar, não enxerguei o local onde estava molhado e zuuuuuum! Lá foi o meu pé de encontro à parede >creck< Minha mão esquerda (que eu uso para escrever e desenhar) aparou o impacto mas ficou inchada a tarde toda. Enfaixei o dedo, passei Calminex, botei pra cima mas tenho quase certeza de que quebrou mesmo pelo menos uma falange do anular do pé esquerdo. Daddy me convenceu a deixar em observação por hoje e se for o caso amanhã ir pro hospital. Eu não sei não. Acho que vou é levar esporro do ortopedista. Como disse um amigo meu, "eu sabia que miojo era uma porcaria, mas nunca pensei que fosse tão perigoso".
Desabafo - Eu não gosto de xota

Ontem no MSN, de novo, mais uma vez, eu sou adicionada por uma garota que não conheço. Segue o papo, traduzindo as partes dela faladas em miguxês extremado para um português mediano.

- Oi.
- Oi. De onde você me conhece?
- Ah, eu te vi no Orkut e te adicionei, tem problema?
- Não. Mas porque você me adicionou?
- Ah, porque temos várias idéias e interesses em comum?
- É mesmo? Que idéias?
- As duas gostam de xota.
- Sim, e o que mais?
- Só isso?!
- É.
- Quer dizer que a idéia que temos em comum é gostar de xota?!
- Pois é.

E eu tenho que aturar isso umas dez vezes por dia... Minhas idéias foram reduzidas à minha xota. A única coisa interessante a respeito da minha pessoa é que eu tenho xota. Não importa que livro eu li, do que eu gosto, se sou morena, ruiva, loura, quem eu sou, nada importa. Desde que eu tenha xota. Bom, eu devo confessar que na verdade eu não gosto de xota.

Pois é. Eu gosto mesmo é de mulher. Inteligente e bonita, melhor ainda. Gosto do corpo, dos seios, da bunda, do cheiro e do gosto da boceta, do perfume que só existe quando você levanta os cabelos dela e aproxima a ponta do nariz da nuca, da maciez das curvas... Do olhar, do sorriso...

Mas também gosto de presentes sem motivo, SMS surpresa no celular que te deixa rindo sozinha no meio do trabalho quando você até então estava altamente estressada e aborrecida, beijo roubado no meio da rua quando você acha que não tem ninguém olhando, ficar sem graça porque ela aparece com uma blusa que comprou porque simplesmente era a sua cara ou te dá a camiseta preferida dela pra vestir porque simplesmente vai ficar ótimo em você. Gosto de acordar do lado dela e ouvir rindo ela perguntar se está feia com olheiras e cara inchada e saber que ela continua linda. Gosto de ter que repetir trocentas milhares de vezes que ela não está gorda caramba, e que eu gosto dela assim. Gosto de saber que a culpa das olheiras é minha mesmo, depois de termos passado a noite em claro fazendo amor.

Gosto de aparecer de repente com um livro que tem muito a ver com aquele assunto que ela mencionou outro dia que queria conhecer mais e ouvir que era aquilo mesmo que ela estava procurando...

Gosto de me preocupar quando ela está com cólicas, de fazer carinho, de aninhar nos braços. Gosto de deixar ela me vestir para uma festa do jeito que ela achar melhor, como se eu fosse sua Barbie, e ouvir ela dizer que estou linda. Gosto de ouvi-la falar horas e horas a fio sobre as coisas que gosta, e as pessoas que conhece, e as histórias que tem para contar. E escuto com atenção, porque sei que é importante para ela. Gosto de um dia ter acordado para descobrir que ela tirou várias fotos minhas dormindo e deixou no micro para que eu visse. Gosto de descobrir do que ela gosta e surpreendê-la com algo como um livro novo do seu autor preferido, uma música difícil de achar daquele cantor, qualquer coisa que seja. Eu gosto de mulheres que gostam das coisas que estão no meu profile. Gosto das que trazem sempre alguma novidade. Gosto da cumplicidade. Gosto das pequenas futilidades. Gosto de coração, de cérebro, de peito, de personalidade. A xota, minha querida, é uma parte deliciosa, mas eu ainda prefiro que ela venha com acompanhamento do todo. Eu não achei a minha xota no lixo. Porque eu me reduziria a ela só para dá-la a você?
Bolada. Duas vezes a Torre no tarô hoje, em jogos diferentes. O que vem pela frente? Já não está ruim o suficiente?!

domingo, abril 10, 2005

Blé. Eu me diverti ontem mas não me diverti. Estou pensando em não ir à próxima DDK. Se pudesse não iria a lugar algum nos próximos dias, trabalho, nada. É domingo e minha sogra veio visitar o Gabriel e eu dei graças aos deuses que eles foram dar uma volta e eu amo o meu filho. Mas eu preciso de um tempo. Eu meio que não quero ver ninguém neste momento. Vontade de jogar relacionamentos pela janela, de baciada. Quero ficar aqui, conseguir talvez arrumar um pouco a bagunça e ter a ilusão de que irei ter tempo para desenhar. Me devo terminar uns freelancers e arrumar grana pra pagar o aluguel, já me auto-sabotei demais. Mas estou apática. Eu sei, em parte, o que está me envenenando, a raiz dessa desesperança toda. Adoraria arrancar esse buraco negro do peito e trocá-lo por um coração que bombeasse sangue fresco pras minhas veias. Adoraria que inventassem um antidepressivo de última geração que funcionasse pro meu caso.

O fato é que eu estou com um humor terrível e tenho sido cruel e sarcástica além da conta com as pessoas que cruzaram o meu caminho nos últimos dois dias. Estou sem paciência nenhuma nenhuma nenhuma com níveis nem tão baixos assim de idiotice humana. Ficar quieta no meu canto é melhor do que ter de me controlar a cada segundo e suspirar em silêncio por educação diante da estupidez a que me encontro normalmente exposta...

Eu tive um pesadelo esquisito hoje. Eu até sei porque. Uma matéria no jornal da Globo (qual deles nem sei) no dia do aniversário da minha mãe sobre pressão alta, mostrando o coração de uma pessoa normal e o de uma hipertensa, e as fotos que eu e Gabriel tiramos sábado. Bom, o pesadelo. Nele eu não lembro porque motivo eu estava num local parecido com o da tal reportagem e de alguma forma conseguia abrir meu peito e retirar dele meu coração (acho que a idéia veio do fato de que se eu quase não como devido à depressão, à anemia e à pressão baixa o meu coração apesar de tudo deve ser bem mais saudável que o de uma pessoa "normal"). Meu coração era normal e tal, mas por algum motivo a idiota aqui "soltou" uma espécie de junção de uma artéria coronária e começou a sair sangue pra tudo quanto é lado e entrou em desespero, mas conseguiu encaixar a parada de volta no lugar. Fiquei apavorada pensando no tamanho da merda que havia feito por curiosidade e que não tinha certeza nenhuma se aquilo que eu fiz estava certo, se havia encaixado a parada direito, precisava correr para o hospital e verificar com um médico se estava tudo ok. Tentei avisar para alguém o que havia acontecido, mas notei que sim, havia algo errado. Me deu uma fraqueza súbita e eu comecei a sentir que ia desmaiar e comecei a me desesperar pensando que dessa vez eu havia conseguido me superar em matéria de merda e tinha conseguido finalmente me matar... Eu apaguei e acordei gelada com meus lábios dormentes. O sonho foi extremamente realista, com direito até ao cheiro de enxofre de quando você desmaia de verdade e à dor no peito... Brrrr...